Válter Suman rebateu: "Nenhum surfista foi preso. Jamais serei responsabilizado por negligência"
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) atacou o prefeito de Guarujá, Válter Suman (PSB), por meio de seu Twitter na tarde de segunda-feira, 25. O filho "zero três" de Jair Bolsonaro (Aliança) criticou a ação da Guarda Civil Municipal (GCM) ao repreender um surfista que desrespeitou as normas de isolamento da cidade litorânea.
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Na publicação, o deputado afirma que o prefeito em questão ordenou que a guarda prendesse surfistas e relembrou a fala do pai em reunião no dia 22 de abril: "Um bosta de um prefeito, faz uma bosta de um decreto, algema e deixa todo mundo dentro de casa".Pref. Guarujá-SP, Valter Suman(PSB), ordenou p guarda municipal prender surfistas.Mais um exemplo do dito pelo presidente na reunião que reforçou o apoio popular a @jairbolsonaro : "um bosta de um prefeito, faz uma bosta de um decreto, algema e deixa todo mundo dentro de casa". pic.twitter.com/Wo13x8oV9o
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) May 25, 2020Em seguida, Eduardo acrescenta: "Uma vergonha para a cidade, conhecida pelo surf e não por bons governantes. Isto vai na contramão da ciência, que defende que o sol estimula a vitamina D e assim previne contra o covid. Além do mais, dentro d'água não há contato entre os surfistas e o isolamento social é natural".
RESPOSTA
Em contrapartida, o prefeito publicou uma extensa resposta em seu Facebook: "A prefeitura de Guarujá lamenta o posicionamento e os termos agressivos utilizados nas redes sociais pelo deputado Eduardo Bolsonaro, que, mesmo sem conhecer a realidade dos fatos, teceu críticas descabidas à ação da Guarda Civil Municipal (GCM)".
Suman afirmou que nenhuma surfista foi preso e que houve, sim, atuação pelo descumprimento à legislação municipal. "A GCM atua diariamente no patrulhamento da cidade, inclusive para fazer cumprir os decretos editados durante a pandemia, com o intuito de proteger a população e evitar aglomerações, o que inclui a interdição temporária das praias".
O chefe do Executivo alegou que as medidas foram ampliadas nos últimos dias em virtude do megaferiado decretado pela prefeitura de São Paulo e Governo do Estado, disse que está investindo no combate ao covid-19 e que está impedido de realizar novas flexibilizações sob o risco de ser alvo de improbidade administrativa. "Enquanto médico jamais serei responsabilizado por negligência, imperícia, imprudência", declarou.
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