MEIO AMBIENTE

Ecoponto náutico recolhe 6 toneladas de lixo no mar

Equipamento pioneiro na Baixada Santista apresentou estes resultados em apenas três semanas

Da redação
Publicado em 15/10/2020, às 21h15 - Atualizado às 21h17

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Imagem meramente ilustrativa Praia Grande e Mongaguá, em SP, juntam forças e fazem ‘blitz do lixo ilegal’ - Reprodução / PxHere
Imagem meramente ilustrativa Praia Grande e Mongaguá, em SP, juntam forças e fazem ‘blitz do lixo ilegal’ - Reprodução / PxHere

O ecoponto náutico de São Vicente, pioneiro na Baixada Santista, começa a apresentar resultados expressivos. Em apenas três semanas de operação, já foram retiradas 6 toneladas de lixo reciclável do mar, a maior parte formada por garrafas PET e sacolas plásticas.

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A ação faz parte de um projeto piloto que visa realizar uma verdadeira “faxina” no mar durante 50 dias, dando o destino de forma correta aos resíduos flutuantes retirados do mar e dos mangues. O trabalho pioneiro envolve a equipe da Secretaria de Meio Ambiente e Defesa Animal (Semam) e a cooperativa de pescadores Cooperscar Tortugas Ambiental.

Pescador há mais de 50 anos, Arivaldo Alves do Espírito Santo conta que nestes 20 dias de retirada de material encontrou objetos dos mais inusitados, entre os quais carcaça de geladeira, aparelhos de TV e colchão de mola. Ele acredita que a iniciativa contribui muito com o meio ambiente e ajuda as pessoas que vivem do ofício. “Essa limpeza é boa para todo mundo. É muito lixo dentro da água, boiando no meio do mar e na beirada, que pode quebrar uma lancha. Um plástico enrosca na hélice do barco, ou um caibro vem atravessado no motor, provoca até um acidente”.

A secretária de Meio Ambiente de São Vicente, Silmara Casadei, ressalta que a colaboração da Cooperscar Tortugas Ambiental foi essencial para o resultado positivo verificado em poucos dias. “Essa parceria não se limita ao recolhimento de resíduos da água: é uma ação de educação ambiental, que tem a pretensão de conscientizar as pessoas para que aprendam a destinar corretamente o lixo produzido por elas mesmas”, destacou.

Silmara completou que, enquanto a conscientização plena não é alcançada, “buscamos retirar os detritos desse patrimônio ambiental maravilhoso, que é mar, de onde os pescadores artesanais tiram o seu sustento e que tanto contribui para o turismo náutico em nossa cidade”.

Como funciona

Durante o serviço, agentes e pescadores entram em barcos para fazer a limpeza. Todo material coletado que pode ser reciclado é doado para as Cooperativas de Catadores Coopernatureza e Coopercial. O que não tem possibilidade de reutilização é levado ao Ecoponto Náutico, onde é feita uma triagem. Além da limpeza, a iniciativa visa a sensibilizar as comunidades e a sociedade em geral para a correta destinação de resíduos. Até o momento, foram retiradas quase seis toneladas de materiais flutuantes, como madeira, plásticos e restos de móveis, entre outros.

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