Consumidor

Dólar a mais de R$ 4 deve afetar valor de produtos de consumo diário

Caso a tendência de alta do dólar persista, valor de produtos como pão e gasolina pode ser afetado, aponta FecomercioSP

Da Redação
Publicado em 24/08/2018, às 09h21 - Atualizado em 23/08/2020, às 17h19

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Reprodução Internet
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A incerteza gerada pelo período eleitoral afetou diretamente o dólar que, nesta semana superou os R$ 4 e acendeu o sinal de alerta dos mercados. De acordo com a assessoria econômica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) o cenário deve afetar o mercado financeiro e, consequentemente, o valor de produtos de consumo diário. 

Segundo a entidade, o problema não é, necessariamente, o dólar acima dos R$ 4, mas se o câmbio estabilizará nesse valor ou se subirá mais e constantemente. Caso persista a tendência de alta, alguns produtos como o pão (que tem o trigo cotado em dólar), a gasolina (cujos reajustes consideram a cotação do petróleo no mercado internacional), entre outros produtos importados ficarão mais caros. Itens como azeite, vinhos e peixes (com destaque para bacalhau e salmão), eletroeletrônicos e até viagens internacionais também serão afetados.

A FecomercioSP explica que o câmbio atual revela o receio de que a vertente reformista não tenha vida fácil no processo eleitoral. Com isso, a tendência, de acordo com o raciocínio dos mercados, é de que o país tenha sérios problemas fiscais e, consequentemente, inflacionários. Esses fatores trariam uma crise de confiança para o Brasil, desestimulando investimentos e geração de empregos – e o câmbio continuaria se desvalorizando.

Entretanto, a entidade considera ainda pequena essa hipótese, e acredita que o Banco Central tomará providências, sabendo que isso teria grandes efeitos sobre a inflação. 

FecomercioSP

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo é a principal entidade sindical paulista dos setores de comércio e serviços. Congrega 137 sindicatos patronais e administra, no Estado, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). A entidade representa um segmento da economia que mobiliza mais de 1,8 milhão de atividades empresariais de todos os portes. Esse universo responde por cerca de 30% do PIB paulista - e quase 10% do PIB brasileiro -, gerando em torno de 10 milhões de empregos.

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