Diagnóstico precoce salva 98% das vítimas de aneurisma

Costa Norte
Publicado em 17/03/2014, às 07h56 - Atualizado em 23/08/2020, às 14h15

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O aneurisma (dilatação anormal de um vaso sanguíneo, causada pelo enfraquecimento das paredes do vaso, por trauma ou por doença vascular) surge por causa de uma fraqueza na parede das artérias, ou seja, existem alguns pacientes que não nascem com o aneurisma; ele se desenvolve no decorrer dos anos. Para que o aneurisma se desenvolva, é necessário que vários fatores ajam ao mesmo tempo. Entre os fatores de risco que podem desencadear o problema estão o tabagismo, hipertensão, presença de malformação arteriovenosa, histórico familiar. Os vasos sanguíneos possuem uma parede muscular bem resistente que é capaz de suportar a pressão com que o sangue passa dentro das artérias. Mas, por algum motivo, essa artéria pode ser tornar fraca e pode ceder lentamente, formando uma área dilatada e causando o aneurisma. “O cigarro e a hipertensão arterial são fatores que estão associados à ruptura do aneurisma. Vale ressaltar que, estatisticamente, as mulheres na faixa etária de 40 a 50 anos são mais acometidas”, afirma o neurocirurgião Maurício Mandel, membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN). Segundo estudos da Academia Brasileira de Neurocirurgia, a prevalência de aneurismas cerebrais na população adulta varia de 2% a 5%, com taxa de ruptura de aproximadamente 0,7% a 1,4 % por ano. “Alguns aneurismas podem ser muito pequenos, não sangram e também não proporcionam problemas ao paciente. Além disso, ele pode ocorrer em qualquer parte do cérebro”, explica o neurocirurgião. Os sintomas podem incluir dor acima do olho, fraqueza, paralisia de um lado do rosto, alterações na visão, dor de cabeça súbita, náuseas, vômitos e rigidez do pescoço. “Uma dor de cabeça pode ser resultado de um aneurisma, portanto, ao sentir uma dor muito forte acompanhada de todos esses sintomas, procure um médico para que seja feito o diagnóstico”, ressalta o Dr. Maurício. O paciente pode mudar alguns hábitos para evitar que o aneurisma ocorra. “Quem tem hipertensão e fuma deve parar de fumar e mudar os hábitos para manter a pressão no controle. Além disso, é importante avisar o médico sobre o uso de qualquer medicamento, incluindo aspirinas e contraceptivos”, diz o neurocirurgião. A partir do momento em que há hemorragia cerebral por aneurisma, 70% dos pacientes morrem ou ficam com sequelas. Mas se ele for diagnosticado antes da hemorragia e tratado, a cura é de 98%. “A melhor forma de fazer o diagnóstico do aneurisma é procurar um médico ao sentir uma dor de cabeça súbita e intensa, para que sejam feitos exames como angiografia, tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (MRI)”, aconselha o Dr. Maurício. Esses exames podem diagnosticar o aneurisma e indicar o melhor tratamento.

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