Dia Mundial do AVC: conheça os sintomas, como evitar e o tratamento para a doença que mais mata

O Dia Mundial do AVC (Acidente Vascular Cerebral) é comemorado anualmente em 29 de outubro. A data tem o objetivo de conscientizar as pessoas sobre as formas de prevenção da doença cerebral que mais mata no Brasil.

O Acidente Vascular Cerebral, popularmente conhecido como AVC e derrame, acontece quando o sangue que vai para o cérebro e é interrompido ou drasticamente reduzido, privando as cédulas de oxigênio e de nutrientes, ou quando um vaso sanguíneo se rompe, causando uma hemorragia cerebral.  

Dentre as causas dessas ocorrências, estão a malformação arterial cerebral (aneurisma), hipertensão arterial, cardiopatia, tromboembolia (bloqueio da artéria pulmonar).

De acordo com a e empresa farmacêutica multinacional Pfizer o AVC é a doença que mais tira vida das pessoas e a que mais causa incapacidade no mundo. Cerda de 70% das pessoas vítimas de derrame não retornam ao trabalho após o Acidente Vascular Cerebral, e 50% ficam dependentes de outras pessoas.

Apesar desses números muitas pessoas ainda não têm conhecimento básico sobre o assunto, como as principais causas, sintomas e maneiras de prevenir a doença, por isso nós do Portal Costa Norte iremos te mostrar tudo isso e muito mais sobre o assunto.

Quais os sintomas e como começa um AVC?

De acordo com o Ministério da Saúde existem alguns sinais que o corpo dá que ajudam a identificar um Acidente Vascular Cerebral. Os principais sinais são:

- Fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo;

- Confusão mental;

- Alteração da fala ou compreensão;

- Alteração na visão (em um ou ambos os olhos);

- Alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar;

- Dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.

Tipos de AVC

Existem dois tipos de AVC:

Acidente Vascular Cerebral isquêmico - é causado pela obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria do cérebro, o que causa a falta de circulação vascular na região. O acidente vascular isquêmico é responsável por 85% dos casos de acidente vascular cerebral.

O AVC isquêmico se divide em quatro subgrupos, com diferentes causas:

- AVC isquêmico aterotrombótico: provocado por doença que causa formação de placas nos vasos sanguíneos maiores (aterosclerose), provocando a oclusão do vaso sanguíneo ou formação de êmbolos. 

- AVC isquêmico cardioembólico: ocorre quando o êmbolo causador do derrame parte do coração.

- AVC isquêmico de outra etiologia: é mais comum em pessoas jovens e pode estar relacionado a distúrbios de coagulação no sangue.

- AVC isquêmico criptogênico: ocorre quando a causa do AVC isquêmico não foi identificada, mesmo após investigação detalhada pela equipe médica.

Acidente vascular cerebral hemorrágico - acontece quando um vaso se rompe espontaneamente e há hemorragia no interior do cérebro. Este tipo de AVC está mais ligado a quadros de hipertensão arterial.

O AVC hemorrágico é pincipalmente causado pela alta pressão descontrolada e a ruptura de um aneurisma. Porém, também pode ser provocado por outros fatores, como:

- Hemofilia ou outros distúrbios coagulação do sangue;

- Ferimentos na cabeça ou no pescoço;

- Tratamento com radiação para câncer no pescoço ou cérebro;

- Arritmias cardíacas;

- Doenças das válvulas cardíacas;

- Defeitos cardíacos congênitos;

- Vasculite (inflamação dos vasos sanguíneos), que pode ser provocada por infecções a partir de doenças como sífilis, doença de Lyme, vasculite e tuberculose;

- Insuficiência cardíaca;

- Infarto agudo do miocárdio.

Quais os principais fatores de risco para desenvolver um AVC?

Existem diversos fatores aumentam a probabilidade de ocorrência de um Acidente Vascular Cerebral, seja ele hemorrágico ou isquêmico. Os principais fatores causais das doenças são:

- Hipertensão;

- Diabetes tipo 2;

- Colesterol alto;

- Sobrepeso;

- Obesidade;

- Tabagismo;

- Uso excessivo de álcool;

- Idade avançada;

- Sedentarismo;

- Uso de drogas ilícitas;

- Histórico familiar;

- Ser do sexo masculino.

Como prevenir o AVC?

Hábitos de vida que aumentam os riscos de acontecer um Acidente Vascular Cerebral podem ser mudados, mas não são todos os problemas de saúde que aumentam os riscos podem ser evitados.

Maus hábitos de vida também podem levar ao desenvolvimento de problemas de saúde que têm potencial de desencadear um AVC.

Veja o que pode ser feito para diminuir os riscos:

- Não fumar;

- Não consumir álcool;

- Não fazer uso de drogas ilícitas;

- Manter alimentação saudável;

- Manter o peso ideal;

- Beber bastante água;

- Praticar atividades físicas regularmente;

- Manter a pressão sob controle;

- Manter a glicose sob controle.

Socorro

O tempo é determinante do sucesso do tratamento do AVC. No caso do AVC isquêmico, a janela terapêutica tende a ser extremamente curta, de três a seis horas para socorrer a vítima.

Nesses casos, o tratamento é remover a obstrução arterial por meio de medicamentos que dissolvem o coágulo ou retirá-lo por meio de cateter. Portanto, o ponto fundamental do tratamento é a correta e pronta identificação dos sintomas e acionamento dos serviços de emergência.

No caso do AVC hemorrágico é de suma importância a neuromonitorização em UTI e a avaliação neurocirúrgica, pois pode ser indicado o tratamento cirúrgico para minimizar os danos e sequelas. Este tratamento também tem o seu tempo correto para ser instituído.

Tratamento da doença

O tratamento do Acidente Vascular Cerebral Isquêmico consiste em desobstruir o vaso cerebral afetado, normalizando a circulação cerebral. Quanto mais rápido for iniciado, maiores as chances de salvar os neurônios que estão em sofrimento, o que diminui muito ou até evita as sequelas do AVC.

O tratamento cirúrgico do Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico pode ser necessário para conter a hemorragia. Depois de contratada a situação, o tratamento se concentra na prevenção de um novo derrame e na recuperação das funções afetadas.

As áreas do cérebro afetadas pelo AVC podem se reconstituir aos poucos se receberem os estímulos certos.

Programas de reabilitação são essenciais, pois ajudam o paciente a retomar atividades diárias e funções que ficaram comprometidas.

Caso apresente algum sintoma de derrame ou sinta dúvida sobre o assunto, não hesite em procurar um médico. Ele poderá pedir exames e avaliar o seu caso, além de orientar sobre como evitar a doença.