Qual é o preço que pagamos para o desenvolvimento econômico? Este assunto até alguns anos era tratado apenas por catedráticos ou pelos chamados ambientalistas “biodesagradáveis”. Com as severas crises financeiras que vêm ocorrendo repetidamente, ano após ano, podemos citar como exemplos o colapso na Grécia, recordes de desemprego em Portugal, Espanha e na Irlanda. Abre-se um processo que gera o efeito em cascata atingindo todos os demais países, as nações são envolvidas em um fluxo de incertezas que se afunila mundialmente gerando a especulação. Estudiosos do sistema capitalista tem efetuado cálculos matemáticos para tentar entender a relação entre o desenvolvimento insustentável com a degradação dos ecossistemas relacionando o valor econômico na qual, vislumbra-se o ganho de capital pouco importando se os recursos naturais são exauridos. A conclusão que começam a chegar é um resultado catastrófico, ou seja, a quebra do fluxo natural do planeta deságua no rompimento da segurança alimentar, termo moderno e atual que pode ser entendido como o padrão mínimo para que um indivíduo se alimente. Infelizmente, o número estimado de famintos pelo mundo ultrapassa 1 bilhão de pessoas. No Brasil estima-se entre 11,5 milhões, isto se deve a concentração de riquezas que se acumula em poucas pessoas, pela extinção de espécies, redução de áreas férteis para a produção de alimentos, o que se deve principalmente as mudanças climáticas. Pagamos cada vez mais caro para comprarmos os alimentos, pois, os mesmos fazem parte da lei da oferta e da procura. A economia verde, como tem sido chamada, busca alinhar-se com o desenvolvimento equilibrado que preserve o meio ambiente, que inclua socialmente o homem e que respeite toda cadeia da produção que distribua riquezas de maneira justa e ética.
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