Paralisada

Dersa não sabe quando obras da Tamoios serão retomadas

Para retomada do empreendimento será necessária nova licitação; processo pode levar até oito meses

Reginaldo Pupo
Publicado em 25/04/2019, às 08h16 - Atualizado em 24/08/2020, às 05h22

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Informação foi dada em reunião da Frente Parlamentar do Litoral Norte (Frepap) - Reginaldo Pupo
Informação foi dada em reunião da Frente Parlamentar do Litoral Norte (Frepap) - Reginaldo Pupo

As obras dos contornos Norte e Sul da rodovia dos Tamoios (SP-99), que liga o Vale do Paraíba ao litoral norte, não têm previsão de quando serão retomadas. A informação é do presidente da Dersa, Milton Persoli, que esteve em São Sebastião na  quarta-feira, 24, para participar de uma reunião da Frente Parlamentar do Litoral Norte (Frepap).

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Segundo Persoli, haverá necessidade de realizar outra licitação para que o empreendimento seja retomado, um processo que poderá levar oito meses para ser concluído. A partir do reinício das obras, ele estima que sua conclusão levará dois anos. Ao menos 70% das obras foram concluídas.

“Os contratos com as empresas responsáveis pelos quatro lotes da obra foram encerrados, pois todos os itens da planilha foram exauridos”, explicou. De acordo com Personi, as empresas receberam 100% do valor do contrato, porém, em alguns itens, concluíram apenas 70% do que estava previsto nos contratos.

“Não podemos fazer um aditamento do empreendimento, pois seria uma manobra ilegal, já que não há o que ser aditado, uma vez que os itens das planilhas se exauriram, ou seja, foram cumpridos”. Segundo o presidente da Dersa, uma sindicância foi aberta para apurar os valores pagos e o que efetivamente foi cumprido.

O Contorno Sul ligará a rodovia dos Tamoios até o porto de São Sebastião, e o Contorno Norte interligará a Tamoios até o bairro Martim de Sá, em Caraguatatuba, desviando o trânsito do centro da cidade para quem vai a Ubatuba. Com a nova pista, os motoristas acessarão diretamente a rodovia Rio-Santos.

Problemas

Durante as obras dos contornos Sul e Norte, os moradores de bairros de São Sebastião e Caraguatatuba que residem no entorno do empreendimento enfrentaram uma série de problemas. Muitas casas apresentaram rachaduras e as ruas passaram a registrar enchentes. “Moradores que residem há mais de 40 anos nesses lugares nunca tiveram problemas com enchentes, que começaram a acontecer após o início das obras”, destacou o vereador Ernane Primazzi (PSC).

Há dois anos uma pedra rolou de um canteiro da obra e atingiu uma residência. Ninguém se feriu. Segundo os vereadores que estavam presentes à reunião, outra pedra corre o risco de deslizar sobre algumas casas.

Além disso, de acordo com os parlamentares, 18 famílias estão sem ter onde morar, pois a empresa Queiroz Galvão, responsável pelas obras em São Sebastião, não os ressarciu dos prejuízos causados aos imóveis. Deslizamentos de terra também são registrados com frequência. A reportagem não conseguiu contato com a empresa para comentar as declarações do vereador.

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