DESABAFO E INDIGNAÇÃO

Covid-19: Médico denuncia festa clandestina com som alto ao lado da UPA (Itaquera) em São Paulo

"Isso é uma falta de respeito com a gente, que está aqui dando o sangue para promover pra esses pacientes qualidade de vida. Estamos trabalhando em condições insalubres. Isso é insustentável", diz o médico em vídeo

Da redação
Publicado em 30/03/2021, às 18h09 - Atualizado às 21h06

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Reprodução/Redes Sociais
Reprodução/Redes Sociais

https://www.youtube.com/watch?v=R4ssOIB2w1Q

O médico Nelson Muzel, que trabalha na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Itaquera, em São Paulo, fez um vídeo revoltado e denunciando uma festa com som alto que acontecia ao lado da unidade que trata de pacientes com covid-19.

"Isso é uma falta de respeito com a gente, que está aqui dando o sangue para promover pra esses pacientes qualidade de vida. Estamos trabalhando em condições insalubres. Isso é insustentável. A gente já está num nível de saturação que não dá pra aguentar", destacou Muzel.

Nelson Muzel afirmou que, não conseguia falar com os pacientes no quarto, pois, o barulho era muito alto e “ali dentro que a gente não consegue se ouvir e nem ouvir o que o paciente está falando”, complementou ele. O desabafo do médico viralizou nas redes sociais em que, também alerta que ligou para a polícia “um milhão de vezes” e não obteve retorno significativo.

“E eles colocam a gente pra poder esperar pra falar com o setor responsável. Isso é um absurdo. Isso é um absurdo. A gente sai da nossa casa, corre o risco de estar aqui, trabalhando numa situação inóspita, trabalhando numa situação insalubre, e a gente não tem a menor condição de trabalho aqui”, afirmou em vídeo.

Revoltado, o médico também cobrou o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) e o governador do Estado, João Doria (PSDB), “Prefeito Bruno Covas, governador João Doria, vêm aqui trabalhar no nosso lugar. Vem aqui, ó. Vê se dá para trabalhar desse jeito? Não tem condição”, ressaltou.

Resposta

Por meio de nota oficial, as secretarias de Estado da Saúde e da Segurança Pública reafirmaram em ação conjunta que, repudiam ““qualquer ato que represente risco a saúde pública” e lamentaram a “falta de consciência e de senso de coletividade”.

Já o governo, disse que entre a noite de sábado (27) e a madrugada de domingo (28), Procon e prefeitura realizaram 350 dispersões de aglomerações e autuação de 26 estabelecimentos.

A polícia afirmou que havia aglomeração e desrespeito ao uso de máscaras no em duas festas clandestinas na região do Brás e que 13 pessoas foram detidas.

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