Congresso das Associações Comerciais do Estado discute saídas para a crise

*Foto: JCN

O 16º Congresso da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp),  realizado durante três dias, de 4 a 6, no Hotel Casa Grande, em Guarujá, discutiu o tema Novas Ideias. Construindo caminhos, e abordou saídas para a crise econômica do país. A entidade reúne mais de 400 associações comerciais paulistas.

Os participantes do evento, entre empresários e líderes de diversos setores, discutiram a crise econômica e as quedas constantes no varejo, e também debateram soluções e caminhos de saída para o segmento. O presidente da Facesp e da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) Alencar Burti afirmou que a sociedade civil não tem a quem recorrer: “É preciso uma conscientização de todos os segmentos do governo federal, para que eles entendam que a sociedade está esgotada e que é preciso apresentar uma solução para a crise”. Burti acrescentou, ainda que, a partir do momento em que o país perde a credibilidade no exterior, a situação se agrava, pois se perde o crédito com outros países.

O destaque da programação foi a palestra da jornalista e comentarista Cristiana Lobo, da Globo News, que analisou o cenário político e a crise financeira. Em sua opinião, o Brasil vive um momento de várias crises – econômica, política, de confiança e de ética. “Quem tem o seu negócio vai ter que seguir o lema crise e oportunidade, e ter a oportunidade de se arrumar para atravessar essa crise”.

Para a jornalista, o Brasil tem todas as condições de crescer e viver novamente um período de esplendor, mas essa combinação de crises deixou o país assustado e parado. “A criatividade do brasileiro sempre foi um aliado importante para enfrentar essa situação. Cada um tem que fazer a sua parte. Acredito que, logo, nós iremos superar esse período”.

Quanto às eleições municipais de 2016, Cristiana acredita que será uma disputa bastante acirrada entre os partidos de oposição e o PT. Disse ela: “O grande desafio desta eleição vai ser para o PT, para manter o que conquistou, neste momento de crise política, e por estar envolvido em denúncias de corrupção”.