PRAIAS

Como é medida a qualidade das praias no litoral de SP?

Saiba como são feitas as classificações entre águas próprias e impróprias no litoral de SP e os riscos que você corre ao tomar banho de mar em águas impróprias

Da redação
Publicado em 27/08/2021, às 16h53 - Atualizado às 17h39

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A famosa bandeira vermelha da Cetesb indica que a praia está imprópria para banho de mar CAPA - Como é medida a qualidade das praias no litoral de SP? - Imagem: Reprodução / Jornal JC
A famosa bandeira vermelha da Cetesb indica que a praia está imprópria para banho de mar CAPA - Como é medida a qualidade das praias no litoral de SP? - Imagem: Reprodução / Jornal JC

Você já deve ter ouvido falar em uma praia própria ou imprópria para banho. Mas você já parou para pensar em como é feita essa medição e por que ela é importante?

No estado de São Paulo, essa medição é feita pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) que, além das praias, também monitora a qualidade das águas dos rios e represas, do ar e do solo.

De acordo com a bióloga Claudia Lamparelli, gerente de águas litorâneas da Cetesb, o principal objetivo da medição da qualidade das águas do mar é a proteção da saúde pública.  

“O banho de mar é muito importante em termos turísticos e para a população costeira. E é importante que a população frequente locais que não coloque em risco a saúde dela. Então, o banho de mar, ele pode oferecer risco à saúde, com relação ao que a gente chama de doenças de veiculação hídrica. São doenças transmitidas pela água”, afirmou a bióloga em entrevista ao Portal Costa Norte nesta sexta-feira (27).

Segundo a gerente de águas litorâneas, a doença mais comum em águas impróprias para banho é a gastroenterite, uma inflamação bacteriana no tubo intestinal. “Não é uma doença séria em termos de efeito, mas ela pode causar dor de estômago, diarreia, vômito. A hepatite A também pode ser transmitida [pelo banho de mar em águas impróprias], mas aí já não é tão comum”, esclarece a bióloga.

Para as medições da qualidade das águas, feitas semanalmente, são colhidas e analisadas amostras das águas de praia por praia. E é muita praia. A faixa do litoral paulista banhada pelo Atlântico tem mais de 700 km de extensão. Dessa extensão, 60% são praias, isto é, são mais 420 km de areia e mar.

Na análise da Cetesb, são medidos os volumes de bactérias fecais nas amostras de água retiradas de 170 praias paulistas. Depois da análise, as praias são classificadas em relação à balneabilidade, ou seja, a capacidade que as praias têm de possibilitar banho e atividades recreativas de contato com a água. A classificação é dividida em duas categorias: praias próprias e impróprias.

As praias próprias para banho, por sua vez, são divididas em três níveis: excelente, muito boa e satisfatória. Quanto menos bactérias na água, melhor é a classificação da praia. Jà o banho nas águas classificadas como impróprias não é recomendado. 

“O que que a gente está dizendo quando falamos que a praia está imprópria? É que o risco de adquirir essa doença é muito alto, então não vale a pena tomar banho de mar nessa água, você escolhe outra", conclui a a bióloga. 

A classificação das praias é atualizada semanalmente em um mapa interativo da própria Cetesb. Você pode conferi-lo sempre que for à praia. 

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