Com Operação Arinna, Gaeco, Receita e PF miram em organização que adultera combustível

MPSP
Publicado em 21/10/2020, às 07h45 - Atualizado às 07h45

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5d93b6b7c61ca_5 - Reprodução
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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a Receita Federal e a Polícia Federal cumprem, na manhã desta quarta-feira (21/10), 15 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão no âmbito da Operação Arinna. O objetivo da ação é desarticular organização criminosa especializada na adulteração de combustíveis e do composto químico Arla 32, um reagente utilizado para garantir maior eficiência com menor poluição ambiental em motores a diesel dos veículos fabricados a partir de 2012.

A utilização do Arla 32 reduz um dos poluente mais nocivos ao meio ambiente, o óxido de nitrogênio. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, desrespeitar os parâmetros de emissão resulta em infração grave, cabendo até mesmo a retenção do veículo. Segundo a investigação, o esquema consiste em fabricar o composto utilizando-se de ureia, normalmente usada para a fabricação de adubos e fertilizantes.

Essa prática, além dos danos ambientais, compromete os motores dos caminhões. Verificou-se também que a organização criminosa adquiri nafta sob a justificativa de que o produto seria destinado à fabricação de tintas e vernizes, mas na verdade os elementos de convicção colhidos até o momento indicam que o insumo estaria sendo desviado para misturar com gasolina. Com a utilização indevida da nafta, o grupo investigado teria sonegado tributos federas que, somados a multas aduaneiras aplicáveis ao caso, podem perfazem um montante de R$ 270 milhões. Os mandados estão sendo cumpridos em Minas Gerais, na Bahia, no Tocantins, em Rondônia e no Rio Grande do sul. A denominação da operação é uma alusão à deusa do Sol da civilização hitita.

Fonte: MPSP

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