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Cinco integrantes do PCC viram réus em denúncia da Força-tarefa X do Gaeco

MPSP
Publicado em 25/06/2021, às 11h15 - Atualizado às 11h16

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Reprodução - Reprodução
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A denúncia oferecida pela Força-tarefa X do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) contra cinco lideranças do PCC, em decorrência da Operação Jiboia, foi recebida integralmente pela 1ª Vara Especializada de Crime Organizado da Capital na terça-feira (22/6). A operação teve início em 2019, especialmente para investigar a existência e funcionamento da denominada “Sintonia Restrita”.

Essa célula da facção criminosa colocava em prática métodos de levantamento de dados e rotina de autoridades públicas, dentre elas um promotor de Justiça, um deputado estadual, dois ex-secretários da Administração Penitenciária e um coordenador da pasta, com a finalidade de cometer atentados contra a vida de mencionados profissionais e contra as instituições em que atuam. Com isso, a facção criminosa, principalmente após a transferência da liderança ao sistema penitenciário federal obtida pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, por meio do Gaeco, buscava atingir as instituições que tem como missão constitucional o combate ao crime organizado e o  próprio Estado Democrático de Direito. 

Deflagrada a primeira fase da Operação Jiboia, em 3 de maio de 2019, foram cumpridos diversos mandados de busca e apreensão, que possibilitaram a análise técnica e pericial de vasto material e a identificação dos principais integrantes da organização criminosa em liberdade em relação aos mais importantes setores da organização criminosa.

Foram identificados os indivíduos de vulgo “Jó”, responsável pelo “Resumo Disciplinar Externo do Sistema”, com atribuição para realizar o julgamento dos integrantes da facção que estão presos, resultando em recorrentes espancamentos, torturas e homicídios; “Carlão”, responsável pelo “Setor Territorial”, com atribuição para promover a expansão do PCC nos demais Estados da Federação; “i30”, responsável pelo “Resumo do Progresso”, com atribuição para tráfico ilícito de drogas da facção criminosa; “Hiphop”, responsável pelo “Setor do Raio-X”, espécie de conselho deliberativo composto pela liderança de cada setor da facção  e “Bulgari”, responsável pela “Sintonia Final da Rua”, com atuação decisória final e responsabilidade pelas principais diretrizes da cúpula que se encontra no sistema prisional. Indivíduo de vulgo “Tuta”, também responsável pela “Sintonia Final da Rua”, igualmente identificado, foi denunciado no âmbito da Operação Sharks pela Força-tarefa X.

Com a identificação dos indivíduos responsáveis pelos principais assuntos do PCC, no dia 22 de junho de 2021, os integrantes da Força-tarefa-X do Gaeco e a Polícia Militar do Estado de São Paulo deflagraram a segunda fase da operação, cumprindo cinco mandados de busca e apreensão, na capital e nas cidades de Guarulhos, Iperó e Praia Grande, e cinco mandados de prisão preventiva, todos expedidos pela 1ª Vara Especializada de Crime Organizado da Capital, inclusive em relação a dois investigados que estavam presos na Penitenciária de Venceslau II. Um alvo da operação permanece foragido. 

No decorrer das investigações, foram apreendidos celulares, dispositivos eletrônicos, vasta documentação relacionada à atuação da facção, aproximadamente 15kg de drogas (cocaína e maconha) e R$ 182.620,00 em espécie, proporcionando o oferecimento de denúncia contra cinco integrantes do PCC.

A operação contou com a atuação de 11 promotores de Justiça, 47 policiais militares e o emprego de 10 viaturas do 1º Batalhão de Polícia de Choque - ROTA, tendo alcançado, após o oferecimento de denúncia, a desarticulação dos principais setores que atuam em liberdade na estrutura do PCC e a anulação da ameaça que representavam à regular atuação de instituições do Estado.

Fonte: MPSP

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