TERROR DAS PRAIAS

Bicho geográfico: saiba características, como aparece no corpo e como se prevenir

Bicho geográfico pode aparece em qualquer ambiente que tenha areia ou grama, mas a praia é local mais propício para contaminação. No corpo, ele aparece mais nos pés, bumbum e costas, e pode causar coceira, irritação na pele, febre e até dores corporais

Da redação
Publicado em 05/07/2022, às 15h56 - Atualizado às 16h27

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Bicho geográfico pode aparecer em qualquer ambiente que tenha areia, grama, mas a praia é o lugar mais crítico, porque tem animais, crianças, adultos brincando direto na areia, com contato direto com o solo, que não tem como evitar Bicho geográfico: saiba  - Foto: Divulgação/Reprodução
Bicho geográfico pode aparecer em qualquer ambiente que tenha areia, grama, mas a praia é o lugar mais crítico, porque tem animais, crianças, adultos brincando direto na areia, com contato direto com o solo, que não tem como evitar Bicho geográfico: saiba - Foto: Divulgação/Reprodução

Você já deve ter ouvido falar sobre o tal bicho geográfico. É um parasita que pode causar uma doença por uma verminose, a Larva migrans.

Nessa reportagem especial do Portal Costa Norte você vai saber tudo sobre o bicho geográfico, além de como é a contaminação no corpo, como se prevenir e os principais sintomas.

Para começar, o bicho geográfico pode aparecer em qualquer ambiente que tenha areia, grama, mas a praia é o lugar mais crítico, porque tem animais, crianças e adultos brincando direto na areia, em contato direto com o solo, que não tem como evitar.

O parasita está no intestino e nas fezes de cães e gatos e se hospeda na pele dos humanos, causando irritação e coceira.

Essa doença de pele é causada por uma larva que a gente pega na contaminação do solo. O cachorro ou gato, quando contaminados com essa verminose, eliminam os ovos nas fezes. Esses ovos, quando caem no solo, viram larvas. São elas que penetram a pele.

A doença é simples porque a larva não consegue penetrar a fundo. Ela caminha por baixo da pele. Os lugares mais comuns para o aparececimento o bicho geográfico são os pés, bumbum e costas, mas qualquer área do corpo pode ser contaminada.

Importante destacar que não é qualquer cocô de cachorro ou gato que causa problemas. O animal precisa estar contaminado, com a verminose.

Na maioria dos casos, o bicho geográfico some de quatro a oito semanas. Entretanto, os sintomas são incômodos e muita gente busca tratamento. O tipo de tratamento depende do estágio da doença.

Sintomas do bicho geográfico

Os principais sintomas são coceira, vermelhidão e lesão com o trajeto da larva.

Por isso, evite andar descalço em ambientes com muita movimentação; cuide da saúde dos seus animais - a grande preocupação é com os bichos não saudáveis, não vermifugados; não leve seu animal de estimação à praia; lave os pés com água fria depois de andar descalço na praia ou terrenos que podem abrigar ovos do bicho geográfico; cuide da sua higiene e lave sempre as mãos; e não se automedique – procure um especialista para tratar o bicho geográfico.

Como evitar o bicho geográfico

Qualquer parte do corpo que tiver contato com o solo contaminado pode pegar o bicho geográfico, mas áreas mais comuns são os pés, nádegas e região posterior das pernas. Se o parasita tiver contato com a pele, ele entra e gera lesão.

Evite o pé na areia ou na terra. Andar descalço nem sempre é seguro. Lugares contaminados podem propiciar a infestação de vermes. O chinelo é essencial para evitar o contato.

Verminoses

Verminoses são doenças causadas por parasitas que vivem na terra e na água poluídos por fezes humanas e de outros animais. Quando esses vermes ou seus ovos infestam as pessoas, alguns atingem o intestino e roubam nutrientes.

Os sinais de alerta são: emagrecimento, fraqueza, volume no abdômen, vômitos, diarreia, falta de apetite, náusea e anemia.

Na água, o problema é a falta de saneamento básico. A esquistossomose, por exemplo, ainda é endêmica em alguns estados.

Uma das medidas para evitar a doença é não entrar em águas com caramujos, que são hospedeiros intermediários do verme.

Humanos também podem ser infectados pelo consumo de água contaminada.

Larva Migrans (Bicho Geográfico) 

A larva migrans cutânea, conhecida popularmente por bicho geográfico, é uma infecção de distribuição mundial causada pelas larvas de parasitas que vivem nos intestinos de cães e gatos, como os helmintos Ancylostoma braziliense ou Ancylostoma caninum.

O ciclo de vida dos parasitas que causam a larva migrans cutânea começa quando animais infectados por helmintos eliminam os ovos do parasita nas fezes.

As fezes contaminadas quando em contato com um solo quente, úmido e arenoso se tornam um meio ótimo para a evolução dos ovos, que eclodem, liberando as larvas.

No solo, as larvas recém-nascidas se alimentam de bactérias, e ao longo de 5 a 10 dias, passam por duas fases evolutivas até se tornarem aptas a infectar humanos ou outros animais. Larvas na 3ª fase evolutiva (fase infecciosa) podem sobreviver no ambiente por até quatro semanas, se encontrarem condições favoráveis.

Cerca de 3/4 dos casos de contaminação com larvas de parasitas que provocam a larva migrans ocorrem nos membros inferiores, principalmente nos pés.  

As larvas na 3ª fase evolutiva conseguem penetrar a camada mais superficial da pele humana, mas não conseguem atravessar as camadas seguintes.

Sem conseguir invadir mais profundamente, os vermes passam se movimentar ao acaso por baixo da pele, formando um pequeno túnel que dá origem a desenhos na pele, parecendo um mapa, daí o nome popular de bicho geográfico.

O momento da penetração das larvas pode passar despercebido, mas em alguns pacientes é possível notar a presença de uma pápula (um ponto com relevo de mais ou menos 1 cm de diâmetro) avermelhado e pruriginoso.

Se o solo estiver intensamente contaminado por larvas, várias pápulas podem surgir na pele, indicando vários pontos de invasão.

Cada invasão origina um túnel, que são discretamente elevados, serpiginosos e provocam muita coceira. Os túneis avançam cerca de 2 cm a 5 cm por dia e podem formar desenhos caprichosos.

A duração do processo é muito variável, podendo ocorrer cura espontânea ao fim de duas semanas. Entretanto, quando desaparece espontaneamente, sem tratamento, pode reaparecer semanas ou meses depois.

O sintoma que mais incomoda é o prurido (coceira), e o paciente ao coçar demais a área pode causar ferida e facilitar a contaminação da pele por bactérias (infecção secundária), levando a quadros de celulite ou erisipela.

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