Conta a história que, entre 1531/32, João Ramalho trouxe de São Vicente para Buriquioca o português Diogo Braga, que era casado com uma bela índia. Junto, vieram seus cinco filhos, todos fortes, valentes e saudáveis. Eram eles: João, Domingos, Francisco, André e Diogo (filho).
Bem, orientados por Ramalho, eles iniciaram a construção da primeira paliçada de madeira, visando a defesa do povoado. Tal anteparo defensivo foi atacado e destruído várias vezes pelos tamoios e igualmente reconstruído, cada vez mais forte, até que, anos mais tarde, os portugueses decidiram construir uma “fortificação de pedra e cal”, que recebeu o nome de Forte São Tiago. Este, comprovadamente, foi o primeiro “forte de pedra” construído no Brasil.
Com o passar do tempo, vendo que os índios, espertos, ainda continuavam passando pelo rio de Bertioga para atacar as povoações vizinhas, decidiram construir outra fortaleza na Ilha de Santo Amaro, que ficava em frente do forte São Tiago. Este novo forte recebeu o nome de São Felipe.
Os Braga realmente foram o embrião da colonização europeia de Bertioga, tanto que, comprovadamente, três deles, Diogo, André e Domingos, foram lutar no Rio de Janeiro, para ajudar a expulsar os invasores franceses. E conseguiram!!
Há uma história, documentada, que diz: “Anchieta quase foi morto em Iperoig, atual Ubatuba , quando era refém dos bravos tamoios. Em contrapartida, alguns chefes tamoios ficaram em São Vicente para negociar a paz. Certo dia, um índio divulgou falsamente a notícia que um dos tamoios da comitiva de paz tinha sido morto por um português em Bertioga, e deu até o nome: Domingos de Braga.
Quando os tamoios já iam partir para se vingar em Anchieta, eis que surge, saindo da mata, aquele determinado “índio morto”. Na verdade, ele apenas havia fugido.”
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