Autoridades discutem desafios e soluções para o porto santista

Por Mayumi Kitamura

Os principais problemas e os desafios previstos para os próximos anos foram debatidos durante a 12ª edição do Santos Export - Fórum Internacional para a Expansão do Porto de Santos, entre os dias 11 e 12 últimos. O encontro envolveu empresários do setor e representantes políticos e contou com a participação do vice-presidente Michel Temer, do governador de São Paulo Geraldo Alckmin e do ministro dos Portos César Borges. Borges, no cargo há menos de 50 dias, destacou a importância das parcerias com o setor privado e da necessidade de investimentos nos modais ferroviário e aquaviário, para contribuir com a melhora no sistema e na redução de custos. Antes do evento, o ministro ainda acompanhou de perto as operações no porto de Santos e visitou a sede da Codesp. Os debates e sugestões para melhorar o sistema portuário do país foram elogiados pelo vice-presidente Michel Temer. Para ele, este encontro deverá colaborar para o desenvolvimento não apenas do porto de Santos, mas também servir de exemplo para o sistema portuário de todo o país. Na visão de Temer, a ampliação da capacidade de armazenagem, de recebimento de produtos e a abertura de acesso são os maiores desafios a ser vencidos para aprimorar cada vez mais os trabalhos. “Eu acho que já é o maior porto do país e continuará a ser com as melhorias que vão sendo feitas pouco a pouco”, disse o vice-presidente. Presente ao evento, o governador de São Paulo Geraldo Alckmin ressaltou a importância do porto de Santos para a economia, não apenas do estado, mas do país. “O comércio exterior é essencial, seja exportação ou importação, pois significa emprego, competitividade, renda e maior qualidade de vida para os brasileiros”, comentou. Durante o evento, ele enfatizou as obras em andamento na região, que devem aperfeiçoar o transporte de cargas. "Temos que nos desdobrar no Rodoanel Sul. Em setembro, vamos entregar o 'trevão' da Anchieta com a Cônego e as novas faixas da Cônego Domênico Rangoni. Estamos duplicando o viaduto Rubens Paiva, e ainda têm a ponte dos Barreiros e novos viadutos em Praia Grande, São Vicente e Santos. São quase R$ 300 milhões em investimentos. Dividimos o custo do projeto do acesso de Santos, R$ 15 milhões, entre estado e o governo federal", reforçou.

Modal aquaviário

A demonstração de interesse no fortalecimento do modal aquaviário foi visto com otimismo pelo prefeito de Bertioga Mauro Orlandini, pois, segundo o que vem sendo discutido pelos representantes da região metropolitana da Baixada Santista, a cidade tem este potencial a ser explorado. “Essa questão do Brasil na competição petrolífera, do transporte marítimo, com certeza nos interessa. Bertioga tem 33 quilômetros de praia, rios navegáveis, e, certamente, a nossa região pode integrar esta hidrovia. No Condesb, nós estamos discutindo este sistema, inclusive”, comentou o prefeito. Nos últimos anos, o Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb) tem debatido a proposta deste sistema para a região, inclusive como uma alternativa para desafogar os gargalos logísticos.