PERIGO

Ataque de tubarão: conheça os riscos e saiba como prevenir

Os tubarões podem ser atraídos por sangue ou objetos brilhantes

Da Redação
Publicado em 21/06/2019, às 12h26 - Atualizado em 23/08/2020, às 19h36

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Reprodução/Internet
Reprodução/Internet

Uma pessoa nadando no mar possui apenas uma chance em 11,5 milhões de ser atacada por um tubarão, de acordo com o Arquivo Internacional sobre Ataques de Tubarão do Museu de História Natural da Flórida, nos Estados Unidos. No litoral paulista, as chances são quase zero, os tubarões que habitam a região são normalmente dóceis.

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Nos EUA, os incidentes também são considerados raros e os   ou tubarões-touro são geralmente os causadores de ataques nas praias da Flórida, conforme explica o especialista George Burgess. Os grandes tubarões-brancos, imortalizados no filme Tubarão, também são eventualmente responsáveis pelos ataques.

Apesar de não ser um assíduo frequentador do litoral paulista um   de 3,5 metros foi capturado na praia Praia de Açu, em São João da Barra, no estado vizinho, Rio de Janeiro, em fevereiro deste ano.

Imagem acervo site

Outros tubarões envolvidos em incidentes ao redor do mundo nos últimos anos incluem, ocasionalmente, tubarões-mako, tubarões-enfermeiro, tubarões-limão e tubarões-galha-preta.

O que fazer em caso de ataque?

Segundo informações do museu, o ideal é dar um golpe no nariz do animal, o que normalmente é suficiente para interromper o ataque. E, então, nade até a praia.

Se isso não funcionar, atinja seus olhos e guelras, duas áreas sensíveis. "Ninguém pode ser passivo quando está sendo atacado", afirma o museu, porque os "tubarões respeitam tamanho e poder".

Como reduzir as chances de ser atacado?

Segundo Burgess, os banhistas devem evitar áreas utilizadas pelos animais para o nascimento de filhotes, como aquela descoberta por turistas no Recife, Brasil. Também não é recomendado alimentar tubarões, o que pode confundi-los ou ensiná-los a associar humanos com comida.

Christopher Neff, que pesquisa segurança envolvendo tubarões, sugere evitar nadar durante ou após tempestades, que tornam as águas turvas e as presas agitadas, fazendo com que tubarões entrem em um frenesi alimentar. Neff também sugere evitar nadar durante o amanhecer e o anoitecer pelas mesmas razões, e nadar próximo a focas ou outras presas, ou onde pescadores despejam restos de peixes.

Dicas

Os tubarões podem ser atraídos por sangue, então as pessoas devem evitar nadar caso possuam feridas abertas. Objetos brilhantes também podem atrair tubarões, que são curiosos por natureza.

Neff sugere evitar nadar sozinho ou se afastar muito da praia. Ele também recomenda que as pessoas evitem se movimentar de forma a espirrar muita água.

"Há diversas histórias de brincadeiras simulando um 'ataque de tubarão' na água que realmente atraíram um tubarão à área", afirmou ele.

Tubarões do litoral de São Paulo

No litoral do estado de São Paulo, as cinco espécies de tubarões mais frequentes são o tubarão-mangona, tubarão-frango, tubarão-cabeça-chata, tubarão-viola e tubarão-martelo.

Segundo o estudante de biologia e especialista em tubarões, Mateus Rodrigues, o risco de um ataque de tubarão na região é quase zero. "Moramos em um lugar relativamente equilibrado e, para isso acontecer, seria necessário uma soma de diversos fatores que fulminariam em um desequilíbrio e muito azar".

"Nós não estamos nos cardápios dos tubarões, se estivéssemos, não conseguiríamos mais entrar na água do mar, pois eles são animais muito completos, não teríamos chance. Os ataques, na verdade, não passam de confusão ou disputa territorial, em algumas espécies. Mas para isso acontecer teria que haver falta de alimento, falta de visibilidade, entre outros fatores", explicou Rodrigues.

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