Arquivo 19/05/2007--24

Redação
Publicado em 18/05/2007, às 21h00 - Atualizado em 24/08/2020, às 05h46

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Página 24 | Jornal Costa Norte - 19 de maio de 2007 | Edição especial de emancipação: Bertioga 16 anos Prestígio Dona Carmem De caseira a fiel guardiã da casa da família de um dos homens mais bem-sucedidos do país e do mundo Uma impressionante memória sobre cada de- talhe e um bom-humor típico de quem não de- limita fronteiras entre o trabalho e o prazer. Assim é Maria do Carmo Quirino dos Santos, dona Car- mem para os íntimos. Nascida em Bertioga, em 16 de julho de 1929, ela trabalha há mais de 55 anos para a família de um dos homens mais bem-su- cedidos do país e do mundo: o empresário paulis- ta Antônio Ermírio de Moraes, que muito contribuiu para o desenvolvimento de Bertioga. Entre outras coisas, ele foi responsável pela construção da Escola Archimedes Bava, primeira escola do Jardim Indaiá, da capela do bairro e também pela implantação da unidade do Senai de Bertioga. Também teria sido o empresário res- ponsável por ceder a área e construir a primeira policlínica do município, além de providenciar a chegada da luz elétrica no bairro. Casado com Maria Regina e pai de nove fil- hos, Antônio Ermírio é um homem de hábitos sim- ples. Costuma ouvir atento aos pedidos de em- prego que recebe, ao ser reconhecido nas ruas. Dispensa seguranças e não usa carro blindado. Nem aparenta o empresário que, em 1996, foi apontado pela revista americana Forbes como um dos mais ricos do mundo, com uma fortuna estimada em US$ 5 bilhões. Dona Carmem conta que começou a tra- balhar aos 18 anos de idade na casa de uma família em Santos. Casou-se com ‘seo’ Gonçalves Laurino dos Santos, que foi ser caseiro da família Ermírio de Moraes. Quando foram trabalhar no sítio, ela tinha 21 anos. “Trabalho com eles desde o tempo do Dr. José Ermírio de Moraes [o patri- arca da família]. Eles dizem que eu já estou na quarta geração. Trabalhei lá, fiquei viúva, criei meus filhos todos, e lá me aposentei. Dona Regi- na [esposa do empresário] não quer que eu faço esforço”, afirma dona Carmem, que, embora já esteja aposentada, permanece na casa, sendo tratada como um membro da família. A bertioguense da gema revela que há 27 anos ganhou uma casa no sítio da família Mo- raes. “O doutor Antônio mandou construir pra mim, mas não é uma casa de caseiro não, tem três quartos, sala, cozinha”, frisa, ressaltando que tudo o que precisa, os patrões estão prontos para atendê-la, sobretudo quando tem prob- lemas de saúde. “Se estou com qualquer pro- blema de doença, eles mandam um carro me buscar e levar para São Paulo, na Beneficência Portuguesa [a família Moraes é mantenedora do 1 8 3 2 9 _ a r q u i v ã o 1 . i n d d 2 4 18329_arquivão1.indd 24 5 / 1 5 / 2 0 0 7 5 : 4 0 : 2 4 P M 5/15/2007 5:40:24 PM

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