TRAGÉDIA

Após vistorias Guarujá tem 141 moradias interditadas pela Defesa Civil

Do total, 80 moradias interditadas na cidade, são no Morro do Macaco

Da Redação
Publicado em 08/03/2020, às 15h10 - Atualizado em 24/08/2020, às 07h17

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Glauber Bedini/ Governo do Estado de São Paulo
Glauber Bedini/ Governo do Estado de São Paulo

Em função da tragédia causada pelas chuvas dos últimos dias em Guarujá, que vitimou centenas de pessoas, a Cidade tem até o momento 141 moradias interditadas pela Coordenadoria de Unidades de Prevenção e Educação da Defesa Civil Municipal. O órgão da Prefeitura vem intensificando ações para reduzir riscos de mais deslizamentos nos morros da Cidade.

O maior número registrado é no Morro da Bela Vista (Macaco Molhado), na Vila Edna, com 80 interdições já realizadas. Depois, vem o Morro do Engenho (22), seguido pela comunidade Vale da Morte, no Jardim Vitória (15), Vila Baiana (13), Morro da Cachoeira (6) e a Barreira do João Guarda (5).

Parte dessas interdições aconteceram após vistorias da Defesa Civil Municipal em parceria com os Institutos de Pesquisas Técnicas (IPT) e Geológico (IG) do Estado, que seguem critérios técnicos para determinar se as casas possuem condições de ser habitadas ou interditadas.

Esses critérios levam em conta a instabilidade do terreno, trincas e rachaduras, distância entre a moradia e a encosta, escorregamentos antigos e dano estrutural. Se houver a constatação de danos estruturais, com trincas em colunas e vigas, por exemplo, a interdição pode ser permanente ou até mesmo demolida. Caso contrário é autorizada a reocupação, porém com orientação para que continuem sendo seguidos os parâmetros do Plano Preventivo da Defesa Civil (PPDC).

De acordo com o diretor da Defesa Civil de Guarujá, Átila Gregório, muitos moradores de áreas de risco da Cidade, inclusive, tomaram a iniciativa de abandonar suas residências. “Ao perceberem sinais de perigo, por conta da grande precipitação de chuvas, as pessoas deixaram suas residências, em cumprimento aos protocolos estabelecidos pelo PPDC. Este que é um trabalho contínuo e extensivo realizado no Município durante o ano todo”.

O trabalho de vistoria prossegue em todos os morros que sofreram com deslizamentos. Caso a Defesa Civil constate, em outros locais, que mais moradias estão sob risco de desabamento, os moradores são retirados e levados ao local de acolhimento da Prefeitura ou para casas de parentes. Em Guarujá, foram registrados sete deslizamentos, com as situações mais críticas nos morros Morro da Bela Vista (Macaco Molhado) e Barreira do João Guarda.

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As famílias desabrigadas estão sendo acomodadas na Escola Municipal Professora Dirce Valério Gracia (Av. D. Pedro I, 340 – Jardim Tejereba). No local, os munícipes estão recebendo atendimento médico e psicológico, alimentação e abrigo. Além disso, toneladas de suplementos foram doadas pela população. Voluntários e funcionários estão trabalhando em conjunto para auxiliar os munícipes.

No último sábado, 7, o Município recebeu 40 militares das Forças Armadas (Exército e Aeronáutica), para o trabalho de ajuda humanitária, ou seja, sendo responsáveis pela separação e distribuição de donativos; montagens de cestas de alimentos; organização dos voluntários, intermediação de conflitos e o reforço da segurança.

Dados atuais de vítimas

Até às 14h deste domingo, 8, foram contabilizados 31 óbitos. Há ainda 36 pessoas não localizadas, além de 329 abrigadas pelo Município. No início desta semana, o acumulado de chuvas em Guarujá atingiu 405 mm em 72 horas, sendo 282 mm só nas primeiras 12 horas, número superior ao previsto para todo o mês de março. Segundo o secretário chefe da Casa Militar e coordenador da Defesa Civil do Estado, coronel Walter Nyakas Júnior, “o volume de chuvas extremamente alto foi o que deflagrou a grande quantidade de deslizamentos”.

Pontos de arrecadação

Os pontos de arrecadação de doações são o Fundo Social de Solidariedade (FSS) de Guarujá (Rua Cavalheiro Nami Jafet, 549 – Centro) e a Escola Municipal Dirce Valério Gracia (Av. Dom Pedro I, 340). Segundo o FSS, atualmente as prioridades são itens de higiene pessoal (sabonetes, shampoo, creme dental, escova dental, absorventes, desodorantes), fraldas, alimentos não perecíveis (arroz, feijão, óleo, café e sal) e ração animal. No Dirce Valério, já não há mais necessidade de doação de roupas. Esse tipo de donativo deve ser entregue diretamente nas comunidades.

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