D. Pina, que já enfrentou a gripe espanhola, encara o novo coronavírus com otimismo; máscaras serão doadas para asilos de Santos
Josephina Marquezano Hamuch, 103 anos, já viu muitas coisas nesta vida. Filha de italianos - a mãe chegou ao Brasil junto com os imigrantes do século XVIII -, ela nasceu no período da gripe espanhola (1917/1920). Tinha um ano quando ficou muito mal e o médico disse que não sobreviveria. Mas, ela venceu a doença e mais de um século depois, enfrenta a pandemia do novo coronavírus (covid-19) com tenacidade.
Para ocupar o tempo durante a quarentena, Dona Pina, como é conhecida, escolheu costurar, e o produto da vez é máscara protetora caseira. Com tecido hospitalar, do qual possui algumas amostras, ela produz as peças para abastecer a família e posterior doação a asilos de Santos, cidade onde vive.
Aguarda o período passar com otimismo, ao dizer, que "semana que vem já deve ter terminado". A presença do filho mais novo, de 60 anos, por mais tempo em casa é uma alegria, porque ele prepara guloseimas, como doces e lanches e, embalada por filmes, bordado e costura, D. Pina vê o tempo passar, degustando um vinho tinto suave.
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