Obras a serem realizadas pela Ecovias irão separar o fluxo dos veículos de carga e de passeio no acesso à cidade
O governador Geraldo Alckmin anunciou, na manhã de quarta-feira, 4, a autorização de parte da obra de reurbanização do acesso a Santos. A inclusão da Ecovias no contrato prevê o investimento de R$ 260,7 milhões e a construção de três novos viadutos; vias locais de acesso aos bairros Jardim Piratininga, Jardim São Manoel e São Jorge, em Santos; duas passarelas e ciclovia de 5km entre o Jardim Casqueiro e a Vila de Pescadores, em Cubatão. Além de obras de drenagem para cessar os alagamentos na região.
Segundo Alckmin, o projeto vai gerar 900 empregos e melhorar a entrada da cidade. "Vai melhorar acesso ao maior porto latino-americano, que vai crescer, porque o Brasil precisa de comércio exterior, exportação e importação, para gerar mais emprego e renda". As obras serão executadas pela Ecovias e irão separar o fluxo de veículos de carga e de passeio na chegada à Baixada Santista. A previsão de conclusão é de 36 meses. "Apesar disso, eu acredito que possa ser feito em menos de 30 meses, como foi o 'trevão' de Cubatão, que era 24 meses e reduziu para 18", esclareceu o governador.
Quanto à responsabilidade da prefeitura de Santos, o prefeito Paulo Alexandre Barbosa afirmou que esta é a terceira etapa de um projeto iniciado em 2013. "Todas as partes de competência do município estão sendo feitas. Temos R$ 300 milhões em caixa, por meio do financiamento aprovado pelo Ministério das Cidades [PAC-Transportes]. Somos responsáveis por fazer todos os corredores de acesso à entrada da cidade, vamos revitalizar, reurbanizar, com troca de asfalto, calçada, ponto de ônibus, iluminação, tudo novo", disse Barbosa.
A prefeitura também entregará um viaduto em curva na entrada da cidade, ligando as avenidas Martins Fontes e Nossa Senhora de Fátima. Nesse caso, os semáforos serão eliminados. A previsão de entrega da obra completa pela prefeitura é de 42 meses.
Drenagem
Os frequentes alagamentos nos bairros próximos à entrada também serão sanados. Hoje, o escoamento das águas pluviais do Saboó segue em direção à vala da marginal direita da Via Anchieta. Com as intervenções propostas, o sistema será alterado. Novas redes de drenagem vão conduzir as águas para o rio Lenheiros (depois do campo das categorias de base do Santos Futebol Clube), que corre em direção ao mar.
Para tanto o projeto prevê a recuperação de duas galerias paralelas à avenida Martins Fontes e construção de uma nova galeria longitudinal na pista ao lado do muro da ferrovia, entre a rua Caraguatatuba e o rio Lenheiros. A obra envolve ainda a recuperação da ponte sobre o rio Lenheiros, com alargamento do rio, para aumentar sua vazão.
A macrodrenagem será finalizada com as intervenções que competem ao estado, na remodelação da entrada da cidade. Para minimizar os efeitos da chuva no local haverá a troca das tubulações. Dutos que hoje têm, no máximo, 80cm de diâmetro, serão substituídos por outros com até cinco vezes mais capacidade de vazão do fluxo de água.
O prefeito de Santos destacou a contrapartida da Ecovias. A empresa construirá uma escola no Jardim São Manoel, um restaurante Bom Prato e um centro de artesanato na Zona Noroeste. A cerimônia foi realizada próximo ao Monumento do Peixe, no km 64+500 da Via Anchieta e reuniu os deputados estaduais Caio França, Paulo Correia Jr. e Wellington Moura; o secretário estadual de Logística e Transportes Laurence Casagrande; e o vice-governador Márcio França.
Comentários