Programa Café da Manhã

Aguilar Júnior mostra preocupação com lotação de leitos e capacidade de oxigênio em Caraguatatuba

Chefe de executivo Caraguatatubense concedeu entrevista ao programa Café da Manhã, da TV Cultura Litoral, nesta segunda-feira (18)

Cláudio Rodrigues
Publicado em 18/01/2021, às 10h26 - Atualizado às 15h41

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Prefeito de Caraguatatuba, Aguilar Júnior, durante entrevista ao programa Café da Manhã - Divulgação/Reprodução Facebook
Prefeito de Caraguatatuba, Aguilar Júnior, durante entrevista ao programa Café da Manhã - Divulgação/Reprodução Facebook

O programa Café da Manhã, da TV Cultura Litoral, entrevistou na manhã desta segunda-feira (18), o prefeito de Caraguatatuba, Aguilar Júnior.

O chefe do executivo Caraguatatubense mostrou preocupação com a atual capacidade do número de leitos para Covid-19 e também o fornecimento de oxigênio para as unidades de saúde do município.

“Nesta segunda-feira estamos com 65% de ocupação dos leitos de Covid-19 e 67% de ocupação na enfermaria. Duas das nossas principais unidades de atendimento estão lotadas. Trata-se do Hospital Regional e da Santa Casa. O que preocupa é que estamos com muitos profissionais de saúde infectados. Eles estão exaustos”, disse

“Além disso, nosso consumo de oxigênio aumentou. A fornecedora White Martins informou que está produzindo 1/3 do que está vendendo. Não falta e não faltará oxigênio se conseguirmos repor os estoques, que duram cerca de três dias. Não é motivo de pânico ou caos, mas estamos preocupados com a situação”, afirmou.

Júnior disse ainda que há a possibilidade do aumento de 10 leitos do Hospital Regionais nos próximos dias. “Estamos atendendo pacientes de outras cidades também. É um momento delicado, mas com pé no chão, serenidade e diálogo vamos buscar o melhor para a população de Caraguatatuba”, concluiu.  

Problema nacional 

A falta de oxigênio nos hospitais em Manaus com a escalada de casos de coronavírus é um alerta para o restante do país, na avaliação de especialistas. Para eles, há risco de novas falhas no abastecimento, em especial na Região Norte. O drama registrado na capital do Amazonas reflete a combinação da falta de uma ação planejada com a indústria — que agora se desdobra para elevar rapidamente a produção — e uma complexa estrutura de escoamento, que pode levar dias para entregar um produto que precisa ser reposto em caráter imediato. Industriais da região afirmam que as doações se avolumam, mas o oxigênio não chega a tempo.

Na primeira onda de Covid-19, no ano passado, o consumo de oxigênio era de 30 mil metros cúbicos em Manaus, patamar muito acima do registrado antes da pandemia. Agora, segundo a White Martins, empresa que tem a maior fatia do mercado, a demanda já chegou a 70 mil metros cúbicos diários, quase três vezes a capacidade de produção da empresa na cidade.

A White Martins produz 25 mil metros cúbicos diários e está ampliando esse patamar para 28 mil metros cúbicos, além de deslocar oxigênio de outras sete fábricas do país. A empresa recebeu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para reduzir temporariamente o percentual de pureza do oxigênio de 99% para 95%, o que facilitaria o aumento da produção.

Para os especialistas, pode haver falha na oferta de oxigênio em outras partes do país a depender do aumento de casos, mas o tempo de reação seria menor do que em Manaus.

Segundo Jorge Mathuiy, diretor comercial da MAT, maior produtora de cilindros do Brasil, a maior preocupação é com outros estados da Região Norte, onde não há produção local de oxigênio. Ele já se prepara para demanda maior:

— Estamos aumentando a produção de 22 mil cilindros por mês para 25 mil com um novo turno. Estamos preparados para o aumento da demanda.

A White Martins tenta importar oxigênio da Venezuela. Em nota, explica que colocou à disposição o envio de 32 tanques criogênicos que estão em São Paulo aguardando para serem transportados para Manaus. Além disso, seguem rumo ao estado 23 carretas criogênicas (caminhões com megatanques na forma líquida).

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