Rodovias sofreram danos após o temporal atingir o litoral de São Paulo no carnaval; Mogi-Bertioga segue interditada em razão do rompimento de tubulação na altura do km 82 em Biritiba Mirim
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Rezende, estiveram na tarde desta quarta-feira (1º) na Rodovia Mogi-Bertioga para acompanhar os trabalhos de recuperação do local.
As obras emergenciais devem custar R$9,4 milhões. A tubulação da galeria pluvial no km 82, na altura do município de Biritiba Mirim, foi destruída pelas fortes chuvas que atingiram o litoral no final de semana de carnaval. Desde então, a Mogi-Bertioga segue interditada. Um novo muro de arrimo e um novo sistema de drenagem estão sendo construídos. De acordo com Tarcísio, a rodovia deve ser liberada para o tráfego parcial de veículos até o fim de março.
“Já foi feito todo o trabalho de drenagem, a gente tem algum trabalho de contenção para ser feito; usamos 3 mil metros cúbicos de rachão, então a gente vai restabelecer o fluxo antes do previsto”, afirmou Tarcísio.
“A gente estava com a previsão de liberação parcial em dois meses, mas a gente sabe da importância (da liberação do local), então [a gente] reforçou a equipe de trabalho com o DER trabalhando incansavelmente pra fazer a liberação parcial”, reforçou a secretária Natália Rezende.
O governador aproveitou a oportunidade e falou que a Mogi- Bertioga e a Rio-Santos estarão no Programa de Parcerias de Investimentos do Estado. Parte dos lotes que serão avaliados é referente às estradas que cortam o Litoral Paulista com investimentos estimados em R$ 3 bilhões.
“A ideia é que o concessionário faça investimentos regulares em obras. Enquanto isso, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) vai cuidando; está fazendo essa obra que vai ficar muito boa”, disse o governador.
Parte dos investimentos será destinado à rodovia Rio-Santos (SP-055), uma das rodovias afetadas pelas recentes chuvas de grande intensidade e consequentes deslizamentos de terra. O trecho a ser concedido contemplará do entroncamento com a Mogi-Bertioga até o Porto de São Sebastião e da Praia Martin de Sá até a rodovia Oswaldo Cruz com cerca de 135 quilômetros de extensão.
O projeto contempla ainda ações para a contenção de encostas e prevenção de desastres na área. Isso compreende o monitoramento de taludes e gestão de encostas, investimento para a implantação e conservação de um sistema de alerta para eventos geológicos, além do gerenciamento da macrodrenagem que impacta o trecho a ser concedido.
Tarcísio informou que a rodovia não será duplicada. “A gente tem que fazer intervenções pontuais, muita obra de contenção para garantir resiliência da rodovia para enfrentar esses eventos climáticos extremos”. A duplicação da Mogi-Bertioga também foi descartada pelo governador. “Nós temos imperativos ambientais que impedem essa duplicação aqui”.
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