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Santos FC, 111 motivos de um orgulho que nem todos podem ter

Não sei se temos essa quantidade toda de motivos, mas razões não me faltam para me orgulhar do Peixe

Thiago Reis Dantas
Publicado em 13/04/2023, às 18h05 - Atualizado em 14/04/2023, às 10h38

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Robinho e Diego comemoram o Campeonato Brasileiro de 2002 SANTOS FC CAMPEÃO BRASILEIRO 2002 Jogadores Robinho e Diego carregados após o título do brasileirão de 2002 - Lendas do futebol
Robinho e Diego comemoram o Campeonato Brasileiro de 2002 SANTOS FC CAMPEÃO BRASILEIRO 2002 Jogadores Robinho e Diego carregados após o título do brasileirão de 2002 - Lendas do futebol

Sim, sou alvinegro da Vila Belmiro, e o Santos vive e sempre viveu no meu coração. Já foi o motivo de meu riso, de minhas lágrimas e emoção. Sua bandeira, conhecida no planeta inteiro, marca a nossa história com um passado de glórias que não apaga nem mesmo o presente frustrante. 

Indignação

Ficar de fora de uma fase do mata-mata de um campeonato estadual é justificável de vez em quando, mas ficar de fora de três em seguida e quase cair para a segunda divisão - e em duas ocasiões na sequência! -  é inaceitável. Viver de contratações impulsivas baseadas em gols feitos por um atacante numa partida tem justificativa? Com a palavra, a diretoria do Peixe...

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Dias de luta, dias de glória

Ver os adversários voando é, até certo ponto, aceitável. São fases, algo cíclico, mas viver o drama que vivemos nos últimos anos é de causar uma dor imensa no coração santista. OK, são 111 anos de mais alegrias do que tristezas. O torcedor do alvinegro praiano curtiu neste período a turma de Pelé, Pepe, Coutinho e companhia. Viu a primeira geração dos Meninos da Vila no final dos anos 1970 e começo dos anos 1980.

No Maracanã, Santos de Pelé conquista o Mundial de clubes PELÉ 1963 Pelé rodeado por repórteres no gramado do Maracanã (ogol.com.br)

Primeira geração dos Meninos da Vila conseguiu o título Paulista de 1978 Santos Fc 1978 Jogadores do Santos, em 1978, no gramado do Morumbi ()

Como não recordar daquele gol de Serginho Chulapa diante do Corinthians num Morumbi lotado? A façanha garantiu o Paulistão de 1984, mas deu início ao jejum de 13 anos sem campeonatos que durou até 1997 com a conquista do Rio-São Paulo daquele ano. Detalhe: os torcedores adversários não contam esta taça nem a de 1998 do título da Conmebol... enfim, azar o deles!

Serginho Chulapa após o gol do título que garantiu o Paulistão de 1984 Santos FC Campeão Paulista 1984 Serginho Chulapa correndo no gramado do Morumbi (O Curioso do Futebol)

Mas eu não poderia avançar no tempo sem falar de um tal de Giovani, o Messias, que por força do destino e por um erro de um tal de Márcio Rezende de Freitas nos tirou o Brasileirão de 1995... uma pena!

2° geração dos Meninos da Vila

Então, veio 1999, o ano 2000 com o vice do Paulista, e o frustrante 2001 com a eliminação nos instantes finais da semifinal contra o Corinthians. O que esperar de 2002... indagavam os santistas na época. O primeiro semestre daquele ano foi desastroso, mas o segundo semestre foi da agonia ao êxtase! Num Morumbi lotado – eu estava lá – vi o Peixe campeão em cima do algoz do ano anterior. Até hoje, uma das maiores alegrias da minha vida.

Robinho e Diego comemoram o Campeonato Brasileiro de 2002 SANTOS FC CAMPEÃO BRASILEIRO 2002 Jogadores Robinho e Diego carregados após o título do brasileirão de 2002 (Lendas do futebol)

O ano de 2003 nos levou à final de uma Libertadores após 40 anos;  perdemos, entretanto levamos a alegria e o encanto do futebol para a América. O Santos, finalmente, voltava à cena dos grandes times do continente. Ainda fomos vice do Brasileirão, o primeiro da era de pontos corridos.

Ah!, 2004 foi do bicampeonato Brasileiro. O último jogo, em São José do Rio Preto – pra variar, eu estava lá -, diante do Vasco, foi de lavar a alma. Era a prova de que o Santos não era grande, era ENORME! 

Se 2005 parecia trilhado pra mais sucesso, um 7x1 amargo entrou pra nossa história. O alento veio em 2006 com um Campeonato Paulista que não vinha desde 1984, e 2007 foi coroado com o bicampeonato do torneio. Os anos de 2008 e 2009 não foram um sucesso, mas o que viria a seguir com um tal de Neymar Junior...

Neymar conquistou a Libertadores com o Santos em 2011 NEYMAR LIBERTADORES 2011 Neymar gira uma camisa no gramado do Pacaembu (Diario do Peixe)

Donos da América

E o tal do Neymar a partir de 2010 nos ajudou com a inédita Copa do Brasil, um tri campeonato Paulista – algo que não se via desde Pelé - e o título mais sonhado de todos os clubes brasileiros: a Libertadores!

Neymar se foi pra Europa, mas o encanto durou algum tempo. Conseguimos os títulos do Paulista de 2015 e 2016. Após isso, um sopro de esperança em 2019 e um suspiro em 2020 foram o que sobraram para o torcedor. Gestões desastrosas empurraram o gigante da Vila Belmiro para a beira do abismo. 

Cá estamos em 2023 e nesses 111 anos, seja qual for a sua sorte, de vencido ou vencedor, meu lema continua o mesmo: nascer, viver e no Santos morrer, ainda é um orgulho que nem todos poderão ter.

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