Não sei se temos essa quantidade toda de motivos, mas razões não me faltam para me orgulhar do Peixe
Sim, sou alvinegro da Vila Belmiro, e o Santos vive e sempre viveu no meu coração. Já foi o motivo de meu riso, de minhas lágrimas e emoção. Sua bandeira, conhecida no planeta inteiro, marca a nossa história com um passado de glórias que não apaga nem mesmo o presente frustrante.
Ficar de fora de uma fase do mata-mata de um campeonato estadual é justificável de vez em quando, mas ficar de fora de três em seguida e quase cair para a segunda divisão - e em duas ocasiões na sequência! - é inaceitável. Viver de contratações impulsivas baseadas em gols feitos por um atacante numa partida tem justificativa? Com a palavra, a diretoria do Peixe...
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Ver os adversários voando é, até certo ponto, aceitável. São fases, algo cíclico, mas viver o drama que vivemos nos últimos anos é de causar uma dor imensa no coração santista. OK, são 111 anos de mais alegrias do que tristezas. O torcedor do alvinegro praiano curtiu neste período a turma de Pelé, Pepe, Coutinho e companhia. Viu a primeira geração dos Meninos da Vila no final dos anos 1970 e começo dos anos 1980.
Como não recordar daquele gol de Serginho Chulapa diante do Corinthians num Morumbi lotado? A façanha garantiu o Paulistão de 1984, mas deu início ao jejum de 13 anos sem campeonatos que durou até 1997 com a conquista do Rio-São Paulo daquele ano. Detalhe: os torcedores adversários não contam esta taça nem a de 1998 do título da Conmebol... enfim, azar o deles!
Mas eu não poderia avançar no tempo sem falar de um tal de Giovani, o Messias, que por força do destino e por um erro de um tal de Márcio Rezende de Freitas nos tirou o Brasileirão de 1995... uma pena!
Então, veio 1999, o ano 2000 com o vice do Paulista, e o frustrante 2001 com a eliminação nos instantes finais da semifinal contra o Corinthians. O que esperar de 2002... indagavam os santistas na época. O primeiro semestre daquele ano foi desastroso, mas o segundo semestre foi da agonia ao êxtase! Num Morumbi lotado – eu estava lá – vi o Peixe campeão em cima do algoz do ano anterior. Até hoje, uma das maiores alegrias da minha vida.
O ano de 2003 nos levou à final de uma Libertadores após 40 anos; perdemos, entretanto levamos a alegria e o encanto do futebol para a América. O Santos, finalmente, voltava à cena dos grandes times do continente. Ainda fomos vice do Brasileirão, o primeiro da era de pontos corridos.
Ah!, 2004 foi do bicampeonato Brasileiro. O último jogo, em São José do Rio Preto – pra variar, eu estava lá -, diante do Vasco, foi de lavar a alma. Era a prova de que o Santos não era grande, era ENORME!
Se 2005 parecia trilhado pra mais sucesso, um 7x1 amargo entrou pra nossa história. O alento veio em 2006 com um Campeonato Paulista que não vinha desde 1984, e 2007 foi coroado com o bicampeonato do torneio. Os anos de 2008 e 2009 não foram um sucesso, mas o que viria a seguir com um tal de Neymar Junior...
E o tal do Neymar a partir de 2010 nos ajudou com a inédita Copa do Brasil, um tri campeonato Paulista – algo que não se via desde Pelé - e o título mais sonhado de todos os clubes brasileiros: a Libertadores!
Neymar se foi pra Europa, mas o encanto durou algum tempo. Conseguimos os títulos do Paulista de 2015 e 2016. Após isso, um sopro de esperança em 2019 e um suspiro em 2020 foram o que sobraram para o torcedor. Gestões desastrosas empurraram o gigante da Vila Belmiro para a beira do abismo.
Cá estamos em 2023 e nesses 111 anos, seja qual for a sua sorte, de vencido ou vencedor, meu lema continua o mesmo: nascer, viver e no Santos morrer, ainda é um orgulho que nem todos poderão ter.
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