Projeto com campeões pede ajuda para levar atletas ao mundial de jiu-jitsu

A cidade de Bertioga se tornou um dos berços na formação de lutadores de jiu-jitsu na Baixada Santista e, uma das iniciativas que colaboram para isso, é o Projeto Boraceia Jiu-Jitsu Deus no Comando. Os alunos, a maioria detentora de títulos dos mais variados, inclusive campeões brasileiros e mundiais, aprendem e se aperfeiçoam gratuitamente na modalidade, com professores voluntários. Por não contar com recursos próprios e ter caráter social, a escolinha pede ajuda para levar os atletas a competir no próximo grande torneio, o Campeonato Mundial de Jiu-Jitsu Esportivo, da Confederação Brasileira de Jiu- Jitsu Esportivo (CBJJE), com disputas entre os meses de novembro e dezembro deste ano, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.

Idealizador do projeto, o mestre Junior Pereira Ribeiro conta que, atualmente, são atendidos mais de 60 alunos em três polos na cidade: Boraceia, Vista Linda e Guaratuba. Destes, poucos não são medalhistas - apenas 15 ainda buscam o pódio - e a maioria tem, no mínimo, dois mundiais no currículo. Ele conta que, um dos principais destaques da sua equipe é Anderson Pique, que está no projeto desde a sua fundação, há quase oito anos, e atualmente integra o ranking da International Brazilian Jiu-Jitsu Federation (IBJJF).

Mesmo com o caráter social, o projeto não aceita doações em dinheiro para as inscrições, mas encaminha o boleto aos interessados em “apadrinhar ou amadrinhar” um atleta. Os valores para a participação neste torneio variam de R$ 190 a R$ 260, e o apoiador poderá acompanhar os resultados obtidos pelo atleta, cujas informações constam no próprio documento.

Junior conta que a expectativa é, caso consiga levar todos os atletas, trazer 40 medalhas para a cidade. “Estamos bem confiantes no trabalho”, reforça.

Projeto Boraceia Jiu-Jitsu Deus no Comando

O desejo de proporcionar um espaço e aprendizado do jiu-jitsu em Boraceia, bairro da região norte de Bertioga, fez com que Junior erguesse em seu terreno o projeto que hoje atende qualquer interessado em praticar o esporte, partir de 5 anos de idade. “Não tinha uma academia aqui. Eu treinava em Juquehy, a galera via e ficava curiosa, começou a perguntar e eu disse que ainda abriria um espaço para todos treinarem”, contou. 

Mantendo seu projeto social ao longo dos anos, o reconhecimento vem de vários setores, como escolas que notam a melhora nos alunos, mas ultrapassou até as barreiras do município, e foi homenageado em São Paulo, disse Junior. Além do jiu-jitsu, os professores também ensinam judô e muay-thai para difundir as artes marciais na cidade.  

Mesmo com tantos frutos, ele conta que o mais importante não é a formação de competidores, mas de cidadãos. Quem quiser ajudar um atleta pode entrar em contato com o Junior no telefone (13) 99751 5607.