Evento gratuito reúne surfistas, comunidades tradicionais e ambientalistas em defesa do território e do oceano, com programação durante todo o dia 17 de maio
A praia de Itamambuca, em Ubatuba, no litoral de SP, abrigará um encontro especial no próximo dia 17 de maio, unindo esporte, cultura oceânica e mobilização ambiental. A celebração marca oficialmente a nomeação da área como Reserva Nacional de Surf, com uma programação que convida a comunidade local, surfistas, ambientalistas e visitantes a se conectarem com o oceano e defenderem o local, famoso por suas ondas consistentes.
As atividades começam às 8h30, no canto direito da praia, em frente ao rio, com recepção e sessão de ioga ao ar livre guiada pela instrutora Janaina Moslavacz. Em seguida, será realizado um mutirão de limpeza com apoio do Instituto Argonauta, incluindo a distribuição de materiais e orientações ambientais.
Às 10h, ocorre a manifestação Itamambuca que queremos!, com participação de surfistas, líderes da aldeia indígena Yakã Porã, representantes do Quilombo do Sertão da Itamambuca e ambientalistas. O ato chama atenção para a preservação dos ecossistemas costeiros e reforça o repúdio à verticalização da região, que ameaça seu equilíbrio socioambiental.
O momento simbólico da manhã será o ritual Outside, às 11h, com entrada coletiva de surfistas no mar e formação de um círculo de pranchas como reverência ao oceano. A partir das 19h, a programação segue no espaço Quintal do Mar, com a cerimônia de inauguração do totem oficial da Reserva de Surf de Itamambuca, em presença de atletas locais. Na sequência, a celebração continua com show da banda Skaya e do DJ New. A entrada noturna custa R$ 15.
Durante o período noturno, o evento também promoverá uma campanha de arrecadação de alimentos e materiais escolares em apoio às famílias da aldeia Yakã Porã. Quem contribuir receberá uma cerveja Praya como cortesia (exclusivo para maiores de 18 anos).
Para Laura Piatto, diretora do Instituto de Cultura Oceânica (ICOA) e coordenadora da iniciativa, o momento representa uma conquista coletiva. “É um marco histórico construído de forma coletiva. Uma união de forças pela valorização do surfe como patrimônio cultural e pela conservação da nossa biodiversidade costeira”, afirmou.
A iniciativa é organizada pelo Instituto de Cultura Oceânica (ICOA) e o Programa Brasileiro de Reservas de Surf, com apoio de instituições parceiras, coletivos locais e empresas comprometidas com a proteção do litoral. Mais informações estão disponíveis no perfil oficial do ICOA no Instagram.