Cuca elogia evolução e testa Ângelo em nova função no Santos

Aos 16 anos, Ângelo Gabriel tem recebido todo o cuidado do Santos em seus primeiros passos no elenco profissional. E o Peixe vê o atacante queimar etapas.

A ideia de Cuca e de sua comissão técnica era ajudar na evolução do Menino da Vila nos treinamentos, com poucos minutos em jogos, até a adaptação com os mais velhos.

O treinador, porém, está entusiasmado com a progressão de Ângelo. Em conversa recente, Cuca elogiou o jovem por seu esforço e disciplina. E prometeu chances na reta final do Campeonato Brasileiro. Até agora, foram seis partidas disputadas, em um total de 50 minutos.

Ângelo, inclusive, foi testado como meia por Cuca na última quarta-feira, em treino coletivo. O garoto entrou na segunda parte da atividade na armação e fez um gol.

A comissão vê Ângelo capaz de flutuar no campo, como ocorria nas categorias de base, sem ficar preso ao lado direito do ataque, onde prefere atuar. E a opção se dá também pela falta de meias no elenco. Vários foram testados e nenhum se firmou. Dessa forma, Cuca deve escalar novamente dois volantes (Alison e Sandry) e quatro atacantes (Marinho, Soteldo, Kaio Jorge e Lucas Braga) contra o Coritiba, no sábado, na Vila Belmiro.

Ângelo faz trabalho individual de fisiologia desde os 11 anos e paga um personal trainer para reforço muscular. No próprio Santos, há o cuidado com suplementação, sem correr o risco de tirar a essência do atleta.

Estar mais forte fisicamente é importante para enfrentar os profissionais, mas Ângelo, sua família e o clube têm a mesma ideia: ele precisa manter seu perfil de velocidade e dribles.

"Eu venho treinando firme desde que subi, sempre contando com a ajuda do professor Cuca, Cuquinha, Eudes, Omar e todos da comissão. Eles falam para eu ter paciência, continuar me dedicando bastante e procurar sempre evoluir tanto na parte técnica quanto na parte tática. E essa minutagem que eles estão me dando é muito importante para eu ganhar bagagem e ajudar cada vez mais no futuro. O DNA do Santos é dar liberdade para a molecada da base mostrar seu futebol e eu amo jogar bola, então acabo me divertindo. O nosso grupo é muito bom e quem vem da base acaba não tendo tanta responsabilidade, pois os mais velhos nos deixam livres para apenas ser feliz dentro de campo", diz Ângelo.

"Apesar da pouca idade eu tenho amadurecido muito rápido, e sei que isso tem acontecido por conta desses meses que estou treinando entre os profissionais. Os mais experientes como Alison, Marinho, Soteldo, Sánchez, etc, têm me passado muitas dicas sobre como me portar dentro e fora de campo. O tempo vai passando e a responsabilidade aumentando, mas com a ajuda deles sei que vou seguir crescendo", completa.