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Caboclo acusa Del Nero de tentar negociar por silêncio de funcionária sobre assédio

Gazeta Esportiva
Publicado em 01/07/2021, às 22h15 - Atualizado às 22h23

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Divulgação / Internet - Divulgação / Internet
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O presidente afastado da CBF, Rogério Caboclo, acusou o antecessor Marco Polo Del Nero de ter feito uma proposta de acordo de R$ 12 milhões para que uma funcionária da entidade não apresentasse uma denúncia de assédio sexual e moral.

A denúncia contra Caboclo foi apresentada na Comissão de Ética da CBF no início de junho e resultou em seu afastamento. A acusação contra Del Nero foi feita nesta quinta-feira através de uma nota divulgada ao Globo Esporte. Nela, o presidente afastado anexou a cópia de um bilhete, que ele diz ter sido escrito por Del Nero, com cálculos que resultaram no valor de R$ 12 milhões.

Del Nero, que dirigiu a entidade entre 2015 e 2017, está banido pela Fifa desde 2018 e negou que tenha feito qualquer proposta.

“O desditoso Rogério Caboclo é perverso, além de seu falar temulento e andar trôpego, e por esse ego inflado, mentiroso empedernido, viaja em alucinações, achando que pode esconder seus assédios, alavancando acusações desconexas e inverídicas a outros. Aconselho-o cuidar de si e das vítimas”, declarou o ex-presidente.

Confira a íntegra da nota de Rogério Cabolco:

O presidente da CBF, Rogério Caboclo, revela mais uma prova contundente de que Marco Polo Del Nero, ex-presidente da confederação banido do futebol, foi quem trouxe a proposta de R$ 12 milhões para evitar que uma funcionária protocolasse uma acusação no Conselho de Ética da entidade e a tornasse pública. Trata-se de uma anotação feita à mão por Del Nero apontando o valor de R$ 12,409 milhões, quantia que deveria ser paga pela CBF como uma indenização à funcionária em troca da não apresentação da acusação. Logo à frente do número 12.409 foi escrito: “corresp [correspondente] 20 anos de salário, transferindo ao valor presente a uma taxa [de correção] de 2,75 [%] anual”.

A negociação proposta por Del Nero e por seus aliados exigia inicialmente R$ 12 milhões, correspondentes ao pagamento dos vencimentos mensais até a ocasião da aposentadoria da funcionária, mediante sua imediata demissão para que essa acusação não fosse apresentada à Comissão de Ética e tornada pública.

Este documento é a prova cabal de que as acusações contra Rogério Caboclo fazem parte de um golpe orquestrado por Marco Polo Del Nero para plantar aliados no comando da CBF e, assim, voltar a dar as cartas na entidade. Neste momento, os comandados por Del Nero que ainda pertencem aos quadros da CBF preparam mudanças ilegais no estatuto da entidade para tentar impedir Rogério Caboclo de voltar ao cargo.

Em reunião marcada para sexta-feira (2/7/2021), eles ainda pretendem incluir no estatuto uma regra que permita a ampliação do prazo do afastamento do presidente da CBF para, assim, atender seus interesses particulares e momentâneos. Trata-se de um passado que não queremos de volta, marcado por múltiplos escândalos de corrupção e vários processos criminais.

As mudanças estatutárias que estão sendo orquestradas pelos meus adversários são ilegais, conforme parecer do jurista Fábio Ulhoa Coelho, professor titular de direito da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo.

Fonte: Gazeta Esportiva

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