O zagueiro Álvaro González, acusado de racismo por Neymar no clássico entre Paris Saint-Germain e Olympique de Marselha, voltou a se pronunciar sobre o caso.
Em entrevista à rádio espanhola Onda Cero, o defensor fez durar críticas à postura do brasileiro. "Não fiz nenhum insulto e não vou permitir que minha carreira e vida pessoal seja humilhada. Neymar não merece meu respeito, nem nada de mim", afirmou.
"Quero pensar que foi tudo um mal entendido. Não havia ninguém no estádio e tudo foi ouvido. Os árbitros vieram em minha defesa. Se eu tivesse dito algo a ele, teria aparecido em todas as câmeras", continuou.
Na semana passada, a Comissão Disciplinar da Liga de Futebol Profissional da França decidiu nesta quarta-feira não punir nenhum dos atletas pela confusão, concluindo que não havia provas convincentes suficientes para uma condenação.
Na ocasião, Neymar alegou que o zagueiro rival havia o xingado de "macaco filho da p…". No decorrer do confronto, o camisa 10 do PSG acertou um tapa no espanhol e foi expulso pelo ato. Na saída de campo, o atacante afirmou que estava sendo vítima de racismo. Já González acusou Neymar de proferir falas homofóbicas, como "bicha de m…".
González diz que desejou se pronunciar antes do julgamento, mas o clube não permitiu. "Tive que receber ajuda para não sair publicamente e fazer manifestações antes", explicou. "O dano que Neymar pode causar a mim e ao meu ambiente é grande. Faz um mês que não saio de casa, Eu e minha família passamos maus momentos", completou, lamentando o fato de que o número de seu celular tenha sido divulgado na internet.
"Eu tinha dois milhões de mensagens no WhatsApp quando eu pousei em Marselha. A cada noite que ia dormir, quando acordava na manhã seguinte, eram 20 mil mensagens", disse, ressaltando que entregou o aparelho à polícia.
O Olympique saiu vitorioso na partida por 1 a 0, e Neymar cumpriu uma suspensão de dois jogos decorrente do cartão vermelho.
Fonte: Gazeta Esportiva
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