Boxeador de Bertioga disputa título mundial nos Estados Unidos

Costa Norte
Publicado em 21/04/2017, às 08h19 - Atualizado em 23/08/2020, às 15h55

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Treinado por Xuxa, o boxeador Adeilson dos Santos, o Dell, luta neste sábado, 22, pelo cinturão da OMB

Depois de dez anos, um brasileiro volta a disputar o título mundial de boxe. A importante missão cabe ao pugilista, morador de Bertioga, Adeilson dos Santos, o Dell. Neste sábado, 22, ele enfrentará o invicto norte-americano Jessie Magdaleno, que defende o cinturão dos supergalos (55,34kg) pela Organização Mundial de Boxe (OMB), uma das quatro importantes versões da modalidade. O combate será realizado no StubHub Center, em Carson, Califórnia/EUA.

Atual número 12 do mundo, Dell já foi campeão mundial juvenil e tem o cartel de 20 lutas, com 18 vitórias, 14 delas por nocaute. O atual campeão, de Las Vegas, ainda não perdeu e soma 24 conquistas, 17 por nocaute. Os dois têm a mesma idade, 25 anos, mas o brasileiro leva vantagem no porte, com 1m73, dez centímetros a mais que o boxeador dos Estados Unidos.

Na equipe IBG, Dell é treinado por Edson Xuxa do Nascimento, de Guarujá, que fez história no boxe brasileiro, e foi o número 1 do mundo em sua época; ele encerrou a carreira invicto, com incríveis 47 vitórias e um empate. O gerenciamento é feito pelo filho de Xuxa, Patrick Nascimento, que, apesar de apenas 22 anos, já demonstra grande vivência nos bastidores do esporte e muito conhecimento como ‘matchmaker’.

Treinando em Vegas nos três últimos meses, Dell demonstra confiança em uma boa performance no ringue. Parte disso, pela preparação feita com Xuxa e o apoio de Patrick. “Estou muito focado e quero sair desse combate e ser conhecido como campeão mundial e não apenas como um brasileiro que lutou pelo título em 2017. Minha vantagem é que sou mais alto que o meu oponente. Ele é muito bom, mas nada é impossível para mim”.

O atleta já foi campeão brasileiro, paulista, duas vezes campeão latino, além de ter sido o melhor do mundo juvenil. “Foi um caminho muito longo, 11 anos na vida do boxe até aqui. Comecei aos 16, em Bertioga, com o técnico Didi. Comecei através do meu irmão mais velho, André”.

Para ele, a preparação em Las Vegas com Xuxa foi um diferencial. “É onde estão os melhores boxeadores do mundo. Fazendo sparing com os campeões mundiais Jorge Linares e Nonito Donaire. Para mim, treinar com o Xuxa é muito bom, pela trajetória que ele tem no esporte e pelo conhecimento como treinador. É um orgulho grande para mim, uma motivação, ele passando as suas técnicas. Minha expectativa é a melhor possível. Sinto-me pronto”.

De família de boxeadores em Guarujá, Patrick também demonstra muito entusiasmo com a disputa do cinturão mundial. “Estou muito feliz por todo apoio que a IBG, de  Edu Mello, me dá desde o começo. Comecei muito cedo e meu primeiro gerenciamento foi com 16 anos. Gratificante para mim, com apenas 22 anos, chegar a fechar uma luta tão valiosa como essa. Hoje posso dizer que sou um cara realizado. Tem dez anos que um brasileiro não luta pelo título mundial oficial. Sei que temos um combate muito difícil. Afinal, chegamos no teto, no lugar mais difícil de estar. É a família Mesquita e a família Nascimento fazendo história no boxe mundial”.

Da redação

Foto: Divulgação

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