2013

Um cantinho para os barcos

As marinas localizadas na cidade desfrutam o crescimento atual do setor náutico e oferecem, além de abrigo e manutenção, serviços em geral e lazer.

Da Redação
Publicado em 13/12/2018, às 12h57 - Atualizado em 26/08/2020, às 22h01

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Aline Pazin
Aline Pazin

Imagem acervo site

Fernando Assis Bonfim deixou São Paulo, onde trabalhou boa parte de sua vida como empresário, para gerenciar a Marina Capital, inaugurada em dezembro de 2012, no bairro Indaiá, na qual são atendidas 75 embarcações, e mais serviços como documentação e lazer em piscinas. Atualmente, 700 embarcações, de pequeno e médio  porte, são atendidas nas 13 marinas da cidade, a maioria pertencente a veranistas, com imóveis na Riviera de São Lourenço e no Hanga Roa.

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 Nas marinas, as embarcações recebem, além da estadia, todos os cuidados básicos de manutenção, desde a lavagem do motor até a reposição de peças. “Venho para Bertioga há 10 anos com meus pais, e pilotar um barco é um hobby do qual não abro mão”, disse o engenheiro paulistano Rodrigo Queiroz dos Santos, que não dispensa um passeio pelo Canal de Bertioga, mas raramente contrata um marinheiro.

 Nos últimos quatro anos, o turismo náutico representou um crescimento de 15% em todo o Brasil e, segundo Antonio José Zacharias, um dos três proprietários da Náutica Indaiá, que abriga 55 lanchas, trocar de embarcação é algo comum para os amantes do mar. “Nós temos embarcações que valem de 30 mil a 300 mil reais. Os clientes em geral buscam lanchas melhores e mais modernas e isso agita, e muito, o mercado de usadas”, detalha ele, ex-gerente do Sesc São Paulo, por 35 anos, e que optou por mudar-se para o litoral.

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 Consenso geral, o crescimento do setor agrada os empresários, entre eles o bertioguense Orestes Alexandre Amparo Filho, o popular Ted, proprietário da Náutica Acqua Azul, a primeira construída em Bertioga, há 30 anos, e que hoje atende 150 embarcações. “O mercado de lanchas está em ascensão e a marina é o principal elo entre o proprietário e o mar, portanto a qualificação dos profissionais e o compromisso deles com a empresa sempre estarão atrelados aos resultados conquistados”, frisa Ted, que faz parte da terceira geração de bertioguenses da família e nunca pensou em deixar a cidade. 

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Com a evolução do setor, muitas marinas já aderiram a formas alternativas de proporcionar entretenimento aos clientes, caso da Capital e da Acqua Azul, com restaurantes especializados em frutos do mar e lojas de conveniência. Na Náutica Indaiá, um novo espaço para garagem náutica deverá ser inaugurado nos próximos meses, já equipado com lanchonete e sala para capacitação profissional.

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Recurso básico para lavar as embarcações, a água de poço é descartada pelas três marinas. A Marina Capital e Náutica Indaiá optaram pela captação de água da chuva, isenta de ferro e que ajuda a manter a tonalidade branca das pinturas. Em outra frente ambiental, a Acqua Azul recorreu à captação de energia solar usada para iluminar o espaço no período noturno, uma vez que durante o dia a iluminação é desnecessária. Segundo os proprietários das principais marinas da cidade, a principal dificuldade encontrada pelo setor é a escassez de profissionais capacitados. Para eles,escolas técnicas com cursos específicos poderiam qualificar pessoas de Bertioga e, assim, evitar a contratação de mão de obra de fora.

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