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Reabertura envolve comunidade

Após mais de três anos fechado, forte é aberto com exposição

Da Redação
Publicado em 18/09/2019, às 07h54 - Atualizado em 26/08/2020, às 22h12

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Arquivo JCN
Arquivo JCN

Em comemoração aos 500 anos do Descobrimento do Brasil, o Forte São João foi reaberto no dia 22 de abril numa festa que reuniu cerca de 10 mil pessoas. Para lembrar a importância do monumento, no local foi realizada uma exposição de fotos antigas de Germano Graeser, retratando parte da história da fortaleza que surgiu, em 1532, como a primeira paliçada de madeira construída no Brasil e substituída por alvenaria de cal e pedras em 1547.

Em 1765, o monumento, que era denominado de Forte São Tiago, passou a ser chamado de Forte São João devido à restauração da capela erguida em louvor a São João. Em 1940, foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O processo de recuperação do monumento foi iniciado nessa década e interrompido desde os anos 1960, quando o Instituto Histórico e Geográfico (ÍHGGB) cancelou convênio com o Iphan para ocupar o local. O processo de restauração foi retomado em 1996 com a devolução do forte ao Iphan, que recebeu o imóvel em precário estado de conservação.

Obras - A primeira etapa das obras, ao custo de R$ 69.320,00, foi realizada pela Gepas Arquitetura e Restaurações, contratada pelo Iphan através de licitação. Mais duas fases estão previstas para instalação do sistema elétrico definitivo, construção do forro, do restante da casa, depósito de armas e aquisição de peças originais.

As obras de restauro estão sendo contestadas através de ação popular protocolada em 1° de dezembro de 1997, sob o número 9702085357, na 1ª Vara Federal de Santos. Os autores, a advogada Regina Célia Martinez, e o publicitário Arnaldo Marat Gameiro Laurindo, de São Paulo, alegam que as obras descaracterizaram o monumento quinhentista.

Critérios - O arquiteto Victor Hugo Mori, responsável pelas obras de restauro do Iphan em toda a Baixada Santista, rebate as acusações alegando que o importante era preservar um monumento que estava em precárias condições. Segundo ele, o restauro foi feito com critérios estabelecidos por conceitos mundialmente aceitos e referendados nas Cartas de Restauro de Atenas (1931), de Veneza (1964), e Nova Carta Italiana (1986).

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