Comissão lembra luta que durou mais de 10 anos
Há nove anos, em 19 de maio de 1991, Bertioga passava a existir como uma cidade independente que, até então, vivia sob a administração da prefeitura de Santos. O direito à liberdade foi conquistado após um grande período de lutas. Foram mais de 10 anos envolvendo várias pessoas da comunidade. Em nome da Comissão dos Emancipadores, o vice-prefeito Pérsio Dias Pinto lembrou toda a trajetória desse movimento, durante cerimônia promovida pela prefeitura de Bertioga, na quinta-feira, 18, na praça dos Emancipadores, que reuniu representantes do grupo.
Plebiscito - O sonho de realizar o primeiro plebiscito em 5 de novembro de 1989 acabou frustrado quando a prefeita de Santos na época, a deputada Federal Telma de Souza (PT), ao lutar por seu município, conseguiu suspender a medida junto ao Tribunal Superior Eleitoral, lembrou Pérsio.
A partir daí, a comissão lutou para se fortalecer e criou, com representantes de mais 110 distritos do estado de São Paulo, a Frente Distrital Paulista de Emancipação, que foi presidida por Pérsio. Era necessária a criação de uma lei complementar que foi contestada e considerada inconstitucional pelo então procurador da República, Aristides Junqueira e o ministro Carlos Veloso. Segundo Pérsio, foram dias de discussão, e a lei foi aprovada em plenário e encaminhada para aprovação da Assembleia Legislativa e sanção do governador Antônio Fleury Filho.
Homenageados - O prefeito Luiz Carlos Rachid comentou a importância de se preservar a memória da cidade ao homenagear os representantes da comissão. Além de Pérsio, participaram da solenidade Eunice Lobato, Antonio Duarte, Vitor Batista Pinto, Irene Lyra, Diney Lyra, Norma Mazzoni, que representou a comissão também em nome de seu marido Licurgo Mazzoni, lembrado com saudade pelos amigos.
Também foram homenageados Gerônimo Lobato, Maria Izabel Nascimento Leite, Maria Izabel Rodrigues da Silva e Aldo Enos de Moraes. Não compareceram à solenidade Abelardo Araujo Barros, Rubens Puccettí, Carlos Sérgio dos Santos, José Nunes Viveiros e Lourecí Silva.
Comentários