2017

O que é que a Riviera tem?

Melhor seria perguntar o que ela não tem. Empreendimento modelo nacional e internacional, tornou-se o bairro mais cobiçado do litoral paulista.

Da Redação
Publicado em 27/02/2019, às 12h39 - Atualizado em 26/08/2020, às 22h04

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Sobloco/Divulgação
Sobloco/Divulgação

Imagem acervo site

É unânime a admiração que a Riviera de São Lourenço desperta em quem a vê pela primeira vez. Como resistir ao canto dos pássaros entre as árvores, em qualquer lugar que se esteja? À tranquilidade ao caminhar pelas ruas e calçadas largas? À higiene impecável, ausência de poluição? E o que dizer de seus 4,5 quilômetros de praias de areias limpas e águas transparentes?

É o bairro dos sonhos de qualquer cidadão, referência internacional de urbanismo por sua forma de ocupação planejada e por seu sistema de gestão. E também por ser o primeiro empreendimento imobiliário do mundo, e até agora o único, a buscar a certificação ISO 14001, que atesta excelência na gestão ambiental, além de manter áreas verdes em 25% de seu território de 8.849.000m².

“Aqui está sendo criado um modelo de urbanização”, já dizia uma placa ao lado da obrado Riviera Flat, o primeiro prédio do bairro, no Módulo 3, que começou a ser construído em 1983. De início, não foi fácil para a Sobloco, líder do consórcio proprietário e gestora do empreendimento, convencer incorporadoras e construtoras de que tudo isso seria possível em uma praia deserta e distante dos grandes centros. Caminhões e máquinas chegavam de balsa, quando o canteiro de obras foi instalado, em 1979. A estrada Mogi-Bertioga surgiria só em 1982 e, a Rio-Santos, em 1985. Vender, no começo, também foi difícil.

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Hoje, a Riviera compõe-se de 12 mil unidades habitacionais. São dez mil apartamentos, em 200 edifícios de seis a dez andares, e duas mil residências térreas. Atualmente, há quatro prédios e vários módulos com casas em construção, enquanto outros dois aguardam liberação. Quando estiver completa, daqui a 15 anos, deve apresentar 15 mil imóveis, inclusive 12 novos prédios, que a própria Sobloco construirá, para encerrar a fase de verticalização.

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O bairro tem um shopping center, dois centros comerciais, um hipermercado, três hotéis, vários restaurantes, três escolas, uma municipal, uma estadual e uma particular, uma hípica, um clube de tênis e outro de golfe, além de uma capela. Planeja-se um novo clube hípico e uma marina encontra- se em processo de licenciamento.

Nos dias atuais, o empreendimento possui cinco mil moradores fixos. Em fins de semana comuns, costuma receber 20 mil visitantes. Nos feriadões, 45 mil. No Réveillon e Carnaval, atinge surpreendentes 83 mil pessoas. Sua administração é responsável pela coleta do lixo - enquanto cabe à prefeitura de Bertioga retirar a parte orgânica já recolhida -, pelo abastecimento de água e tratamento do esgoto, com redes próprias projetadas para atender a ocupação máxima de 110 mil pessoas, o que ainda está longe de acontecer.

Implantação

Por trás do arrebatamento que a Riviera costuma provocar, há trabalho bem organizado e planejamento estratégico, como explica  o engenheiro Paulo Velzi, coordenador geral da Sobloco, na Riviera. “É fazer direito e manter direito”. Ele identifica dois cases como razões do sucesso do empreendimento: o da implantação e o da gestão. Na implantação, a área foi dividida em três zonas separadas por avenidas, paralelas à rodovia Rio-Santos. Junto da praia ficam os prédios, para democratizar o acesso, e não há avenida à beira-mar, apenas jardins. Na faixa intermediária estão as residências. E na zona mista, que vai até a estrada, a dois quilômetros da areia, há casas, comércio e serviços.

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As ruas sinuosas garantem sol para todos e os prédios possuem alturas alternadas e recuos laterais grandes. Isso assegura boa ventilação e nenhum faz sombra ao outro. Nenhum terreno tem vizinho no fundo, todos terminam em área verde. As regras são claras: cada lote é unifamiliar e não pode ser subdividido. E o patrulhamento da segurança desarmada nas ruas é ostensivo.

Gestão

A manutenção segue rígida rotina. Para dar apenas um exemplo, diariamente, às seis horas, na praia, quatro tratores começam a recolher o lixo deixado na véspera. Retornam à tarde para nova coleta. E no fim do dia, um veículo recolhe o óleo vegetal usado nos trailers que vendem alimentos na orla. Quem possui imóvel na Riviera banca o trabalho de administração e manutenção do bairro, por meio de mensalidade paga à Associação Amigos da Riviera de São Lourenço (AARSL), responsável pela gestão, feita sob o conceito de gerência de cidade. E aí está o segredo do sucesso, na opinião do coordenador da Sobloco na Riviera.

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A Associação é dirigida por um conselho de fundadores e proprietários. Há, também, uma diretoria honorífica, sem remuneração, eleita pelo conselho a cada três anos. A seguir, vem a gerência geral, responsável pelo dia a dia do bairro. Utiliza o trabalho de 500 funcionários, divididos entre as áreas de administração, de manutenção, de água e esgoto, e de segurança. Não há alterações se há mudanças no conselho ou na diretoria, que não tem poder sobre esse escalão.Tais funcionários não são substituídos em função do término da gestão do conselho ou da diretoria.“Quando foi presidente da Federação Internacional Imobiliária (Fiabci), o Luiz Carlos Pereira de Almeida, sócio-fundador da Sobloco, trouxe para o Brasil esse modelo de gerência de cidade, que é a diferença da Riviera. Podem mudar a diretoria e o conselho, mas a gerência continua cuidando da zeladoria, sem interferências ou interrupções. Você tem uma continuidade tranquila do trabalho e pode realizar planos de longo prazo. É como se fosse uma cidade. Muda o prefeito. Mas a gerência continua a mesma. Seus cargos não são políticos.”

O bairro perfeito

Mariza Cammarota é amante antiga da Riviera de São Lourenço. Na juventude, passava em frente, pensava que era uma coisa de beira de estrada, e seguia para as praias do litoral norte. Um dia entrou e nunca mais saiu. Teceu uma rede de amigos, fez e faz negócios imobiliários, e tornou-se grande colaboradora da Fundação 10 de Agosto, mantida pela Sobloco, com sua imensa barraca de massas que, no ano passado, faturou R$ 40 mil na tradicional Festa Julina da entidade, que é forte em capacitação profissional e ações socias. Felipe Lopes é namorado novo do bairro, aliás, até pensava que é uma cidade. No último verão, com a família, inaugurou no local a quarta unidade do restaurante Jangada, da rede da cidade paulista de Mogi Guaçu,famoso pelos peixes e frutos do mar. O clima e a localização, vinculados à especialidade da casa, orientaram a escolha do ponto, ideal por ser uma “grande vitrine” no caminho da empresa rumo ao disputado mercado gastronômico de São Paulo, onde pretende chegar, porque pela Riviera passa gente de todo lugar com bom poder aquisitivo.

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O ponto em comum das paixões dos dois pela Riviera é a infraestrutura. “Tudo funciona muito bem”, justifica Mariza, no local há 23 anos, que já viveu experiências como ter o filho de sete anos perdido na rua com o cachorro, e encontrado rapidamente pelo serviço de segurança. Seu projeto de vida é morar definitivamente na Riviera. “É um bairro perfeito”, conclui a paulistana apaixonada. “É um lugar muito bom para se viver, pela organização em todos os setores, principalmente, em trânsito e segurança”, concorda Felipe, sócio-proprietário e chef de cozinha do Jangada, que alugou um apartamento e passa todos os fins de semana no comando do restaurante na Riviera.

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