2016

Há 500 anos...

A mais antiga fortaleza do país e principal cartão-postal da cidade é parada obrigatória para quem quer conhecer aspectos históricos do Brasil colonial.

Da Redação
Publicado em 06/03/2019, às 12h37 - Atualizado em 26/08/2020, às 22h05

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Foto Nativa
Foto Nativa

 Trilhar caminhos pelos quais passaram os jesuítas José de Anchieta e Manoel da Nóbrega, pisar nas mesmas terras onde guerrearam índios tupiniquins e tupinambás e observar paisagens exatamente iguais às que se viam 500 anos atrás pelos colonizadores do nosso país. Eis algumas das sensações que podemos vivenciar ao visitar o Forte São João, a mais antiga fortaleza do país e principal cartão-postal de Bertioga. O local é parada obrigatória para quem quer conhecer aspectos históricos do Brasil.

Imagem acervo site

Localizado no extremo sul da praia da Enseada, na entrada do canal, o Forte foi erguido em paliçada de madeira em 1531, por ordem de Martim Afonso de Sousa, para proteger a barra dos ataques inimigos, e acabou por se tornar o embrião do primeiro povoado de apoio à colonização do país. Em sua versão original, foi batizado de São Tiago. No entanto, por causa da restauração do interior da capela de São João, cerca de 200 anos depois, passou a ser chamado pelo nome do santo padroeiro da cidade.

Imagem acervo site

Palco de sangrentas batalhas e momentos históricos significativos, como a partida da esquadra de Estácio de Sá para a fundação do Rio de Janeiro, o Forte São João é um dos mais importantes patrimônios históricos do Brasil, como ratifica o historiador Cadu de Castro: “Imaginemos que temos aqui um pedaço relevante do início da colonização do país. A primeira fortificação construída em alvenaria e com planta enviada pela coroa, e que participou da história do país desde o início de sua construção, em 1551, até 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, quando foi ocupado pela Força Expedicionária Brasileira, como ponto de defesa do território nacional”. Para Cadu,o local deveria ser transformado em um museu de referência da história colonial e da defesa do território brasileiro. 

Patrimônio histórico e natural 

Desde 1940, o Forte é considerado patrimônio histórico, tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Ao longo dos anos, passou por diversas intervenções, e hoje mantém características da última restauração feita em 1997, quando foram incorporados todos os vestígios do edifício primitivo. Atualmente, além das exposições itinerantes que o Forte recebe, também é possível  apreciar seu acervo de armaduras e armamentos bélicos. 

Imagem acervo site

A vista a partir da muralha superior, na qual ficam os canhões, é um dos pontos altos da visita ao interior da fortaleza. A suntuosidade do paredão verde, formado por uma generosa área de Mata Atlântica, misturada à quietude das águas do canal, com seus barcos e gaivotas, faz jus à beleza e preciosidade da impávida construção. No seu entorno, o Parque dos Tupiniquins reforça as referências de períodos e figuras históricas que marcaram o lugar. Cercado por espécies arbóreas nativas, o equipamento possui estátuas em tamanho natural de personagens que remetem à época do Brasil colônia, como o líder tupinambá, cacique Cunhambebe, os padres Anchieta e Manoel da Nóbrega e o artilheiro alemão Hans Staden.

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