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Grande procura por imóveis residenciais sinaliza desenvolvimento

Maior demanda é por causa de 2 a 3 dormitórios e em bairros com melhor infraestrutura urbana. Em contrapartida, o alto valor dos comerciais e a baixa temporada prejudicam novos comerciantes

Da Redação
Publicado em 10/12/2019, às 07h41 - Atualizado em 27/08/2020, às 09h43

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Arquivo JCN
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Nos últimos anos, a procura por locação de imóveis para residência fixa tem aumentado em Bertioga, superando a de imóveis comerciais, como acontecia em meados da década de 1990. Apesar da inexistência de estatísticas sobre o movimento imobiliário, esta tendência é visível, segundo Francisco Alves Lourenço da Silva, o Ray, presidente da Associação dos Corretores de Imóveis de Bertioga - Aciber-entidade com 80 associados.

Ele explica que a procura por imóveis residenciais reflete o momento atual de desenvolvimento da cidade que os novos moradores são de classe média e buscam imóveis com 2 a 3 dormitórios, principalmente nos bairros do Centro, Maitinga, Vila Itapanhaú, Jardim Paulista e Indaiá, este último com aumento considerável recentemente. "Hoje, a oferta acompanha a procura e os preços estão acessíveis para este nível de locatários, porque muitos proprietários desistiram de apostar apenas na temporada". Por outro lado, a vocação turística da cidade dá boa movimentação à locação de temporada. "Este segmento vai muito bem. Nos últimos anos só tem crescido", afirma Ray.

Proporcionalmente existe, também, uma procura para locação comercial, mas os problemas são maiores. Embora haja muita oferta, os aluguéis são caros.

Ray atribui o problema ao movimento sazonal do turismo, que prejudica os comerciantes iniciantes. "O valor dos aluguéis de casas comerciais é muito alto, e quem está começando neste ramo não suporta esses valores. O comerciante aqui vive muito em função da temporada. Ele se projeta para 12 meses e, depois, descobre que não consegue cobrir suas despesas", explica.

Tal panorama pode ser constatado na frequente abertura e, logo depois, do fechamento de portas comerciais na cidade. "Nota-se que, em Bertioga, dificilmente há repasse de ponto. Fecha-se uma lanchonete e em seguida abre-se uma loja de colchões ou de outro ramo, nunca o mesmo", exemplifica Ray. Para ele, a tendência é o comerciante investir em imóvel próprio.

O presidente da Aciber acredita que o futuro da cidade está mesmo no turismo e sugere maior parceria entre governo municipal e todos os segmentos da Sociedade. "É preciso desenvolver o turismo por meio de políticas voltadas para o setor e, para isso, é necessária uma participação conjunta".

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