2008

Água do mar de Bertioga em copinho

À primeira vista, apenas um copinho de água comum. Não fosse a mensagem estampada na embalagem: H2Ocean – Água do mar dessalinizada. Basta experimentar para constar que o sabor não é muito diferente da água doce – apenas uma sensação maior de frescor

Eleni Nogueira
Publicado em 10/12/2019, às 06h58 - Atualizado em 19/07/2023, às 09h06

FacebookTwitterWhatsApp
Pedro Rezende
Pedro Rezende

Mas água do mar pronta para beber, pode? Sim! Em Bertioga pode. Depois de 30 anos de pesquisa, Annibale Longhi, especialista talassoterapia (técnica oriental que utiliza água do mar para fins terapêuticos) desenvolveu, há nove anos, um equipamento ultramoderno de nanofiltragem, o ANL Annibale Longhi, para tornar a água do mar potável, após o processo de dessalinização por osmose reversa.

A vantagem é que os minerais e demais nutrientes que a água do mar tem de sobra – são preservados. A FDA - sigla do órgão norte americano que regula a venda de remédios e alimentos no país, atestou que a H20-Ocean possui 60 tipos diferentes de minerais e, ainda, cálcio, ferro, açúcar, proteínas, calorias e fibras. Um verdadeiro brinde à saúde.

Annibale Longhi patenteou a descoberta em 36 países e deve começar água em 15 dias. Já recebeu, inclusive, um convite para a exportar sua instalar sua fábrica em solo americano. "Os mercados, lá fora, estão receptivos, mas ressalta que não pretende sair do Brasil”.

Instalada há três anos no bairro Vista Linda, em Bertioga, a empresa tem capacidade para produzir 50 mil litros de água por dia. Quantidade grande escala, de que, segundo Annibale Longhi, pode ser produzida em acordo com a demanda futura.

Em Bertioga, a comercialização da H2Ocean foi aprovada pela Vigilância Sanitária e pode ser encontrada na rede de supermercado Armazém Geral, a R$ 1.95 o copinho.

O empresário informa que tenta, há quatro anos, "regularizar a comercialização desse produto país" e, ainda, aguarda a autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), para Poder vender a água envasada em outras regiões. "Por enquanto, fora de Bertioga, o produto só pode ser distribuído para degustação", informa. A Anvisa, por meio de sua assessoria de imprensa, nas definições de regula informou que "a empresa não se enquadra mentos existentes no Brasil e, portanto, a H2Ocean deve apresentar proposta de regulamentação para avaliação".

Bebida do futuro

Apesar do Planeta Terra possuir dois terços de sua superfície cobertos cerca de 0,6% do total, não está igual por água, a água doce disponível, mente distribuída e é frequentemente mal gerida e pouco protegida.

Segundo o Instituto Francês de Pesquisa para o Desenvolvimento (Institut Recherche pour Développemend - IRD), em inúmeros países do Hemisfério Sul, muitos dos quais pertencentes à América do Sul, África Ásia, já falta água doce. E, dos Andes devem desaparecer, a desertificação da África Ocidental será em cinco décadas, as geleiras da Cordilheira irreversível e o mar pode se infiltrar nos aquíferos das ilhas do Pacífico.

Com esse panorama, não é difícil perceber que a ANL - que produz H2Ocean - pode ser o futuro da água potável no mundo.

Comentários

Receba o melhor do nosso conteúdo em seu e-mail

Cadastre-se, é grátis!