2018

A democrática Vila é a grande atração do Centro

Berço da história da cidade, à margem do canal de Bertioga, atrai pescadores, turistas e interessados em caminhar e conversar, ou, simplesmente, olhar o vai e vem dos barcos.

Da Redação
Publicado em 27/02/2019, às 11h24 - Atualizado em 26/08/2020, às 22h04

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Renato Inácio
Renato Inácio

Se há um lugar em Bertioga no qual todo mundo vai, é a Vila, nascedouro da cidade, na beira do canal de Bertioga. É a estrela entre os atrativos da área central, com seus restaurantes, bares e sorveterias; o parque de diversões; a feirinha de roupas de praia, acessórios e utilidades; quiosques e trailers com todo tipo de tentação, de pastel, iguaria que faz a fama desse destino turístico, a guloseimas variadas.

Imagem acervo site

O Mercado Municipal de Peixes enche os olhos de quem gosta de cozinhar, com sua variedade de pescados e frutos do mar. Dentre os passeios, as grandes atrações são: o calçadão do canal, o Parque dos Tupiniquins e o Forte São João, localizados bem na desembocadura do canal de Bertioga no mar, e a Casa da Cultura. Tem também uma escuna para passeios a cada duas horas, na temporada e nos fins de semana; ela contorna a parte fronteiriça da ilha de Santo Amaro, já município de Guarujá.

O canal

Para começar, nada como percorrer calmamente o calçadão ao longo do canal, rumo ao Forte, absorvendo a brisa vinda da terra, que quase sempre bate ali; admirar o movimento da água, calmo, algumas vezes veloz, e os barcos de pesca, ora ancorados, ora partindo, ora chegando, sobrevoados por aves atraídas pelos peixes que carregam.

Imagem acervo site

Bem movimentado no verão e nos fins de semana de calor, esse corredor de pedestres é muito tranquilo em outras estações e durante a semana. Cenário perfeito para momentos de devaneio, sentado em um de seus bancos, a contemplar a mata da Serra do Guararu, na outra margem, e o vai e vem de lanchas e iates que saem de marinas localizadas no canal, que tem 30 quilômetros de extensão, até Santos.

Pescadores são presenças constantes. Muitos deles se concentram no píer, a caminho do forte; alguns gostam de pescar na foz do canal, mas há os que preferem se arriscar com suas varas à beira do calçadão, em direção ao Jardim Veleiros, de onde sai a balsa para o Guarujá.

Imagem acervo site

Para quem faz um passeio a pé pelo local, pela primeira vez, desfruta da surpresa de ver o canal se alargar ao encontro do rio Itapanhaú, que ali desemboca. Tem-se, ali, uma dimensão mais clara de como a natureza abraça a cidade. A melhor maneira de apreciar completamente esse espetáculo natural é embarcar na balsa para o outro lado e voltar. Você vai se inebriar com a fusão entre água e montanha.

Forte São João

Patrimônio tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 1940, o Forte São João oferece uma vista fantástica de sua área externa, onde ficam as guaritas que um dia abrigaram canhões, do encontro do canal com o rio Itapanhaú ao Cantão do Indaiá, no fim dos 12 quilômetros da praia da Enseada. Passeio imperdível para apreciadores de conhecimento histórico, abriga o Museu João Ramalho, criado nos anos 1960, que apresenta mostra permanente de artefatos de guerra, exposições temporárias de artes diversas, e até concertos musicais no verão.

Abre diariamente, das 9h às 17h, entrada grátis; avenida Vicente de Carvalho, s/n, (13)3317 4128.

Parque dos Tupiniquins

Nomeado em homenagem aos índios nativos que por ali viviam, o Parque dos Tupiniquins, criado em 2004, no entorno do Forte São João, é um oásis de frescor em dias quentes, com bancos para momentos de descanso sob suas frondosas árvores centenárias, com vista para o mar e para o canal. Ocas abertas, uma canoa e esculturas em tamanho natural dos padres jesuítas Padre Anchieta e Manoel da Nóbrega, durante catequização dos índios, remetem a imaginação ao capítulo inicial da história brasileira, quando colonizadores portugueses avançavam terra adentro, e os índios guerreavam entre si. 

Imagem acervo site

Para lembrar, lá está a escultura do índio Cunhambebe, cacique tupinambá famoso por sua crueldade. E também a escultura do explorador holandês Hans Staden, ao lado de um índio carijó capturado, que lhe foi dado de presente como escravo, e com ele aprisionado pelos tupinambás, dos quais se livrou com muita lábia. O parque é um cenário perfeito para momentos de ócio e mergulho no passado. E, ao longo do ano, recebe apresentações teatrais e outros eventos de arte realizados ao ar livre. Aproveite! 

Abre diariamente, das 9h à 17h, entrada grátis; avenida Vicente de Carvalho, s/n

Cultura e eventos

Ao lado do Forte São João e do Parque dos Tupiniquins fica a tenda de eventos na qual acontecem shows públicos e festas tradicionais da cidade, como a da Tainha, em julho, e a do Camarão na Moranga, em agosto. Na esquina oposta, está a Casa da Cultura, que nos fins de semana oferece gratuitamente os espetáculos infantis do projeto Teatrada, nas manhãs de domingo, e, nas noites de sábado, as apresentações instrumentais do projeto Música é Cultura, em eventos parceiros entre o Sesc e a Secretaria de Turismo, Esporte e Cultura de Bertioga. Ali também se concentram a feira de artesãos locais e a feira orgâ- nica, diariamente na temporada de verão e aos sábados, domingos e feriados no resto do ano.  

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