Aumento de fibras no tecido da pele.
Dr Luiz Felipe Da Guarda - Fisioterapeuta Generalista
Publicado em 20/05/2021, às 09h27 - Atualizado às 10h24
Realizar uma cirurgia é algo que muitos não querem, mas existem também aqueles que são adeptos ao bisturi a qualquer custo em busca da beleza e perfeição do corpo desejado as cirurgias estéticas. Seja qual for o procedimento cirúrgico pode ocorrer à indesejada fibrose tecidual do pós-operatório que constitui um processo normal, acontece entre uma a três semanas do pós-cirúrgico, ou seja, à medida que o edema diminui, tornam-se mais nítidas as fibroses e depois de uma cirurgia, o corpo naturalmente leva um tempo para se recuperar. A formação da fibrose, por exemplo, faz parte do processo de cicatrização do organismo. A fibrose é o aumento de fibras no tecido da pele, ou seja, a formação de um tecido “a mais” no local que houve o corte. É a cicatriz para o lado de dentro do corpo. Quanto maior e mais profundo tiver sido o corte, maior a probabilidade de a fibrose ter alguma consequência em algum órgão, músculos ou parte do corpo. É comum, principalmente nos três primeiros meses após uma cirurgia, a pessoa sentir a pele repuxando ou levemente endurecida.
Para que possam entender imagina que os tecidos do corpo humano são feitos de tramas, assim como as roupas, se houver um corte na roupa e você a costura, a elasticidade do tecido diminui e altera o tamanho.
Ainda assim, com o passar do tempo, a fibrose vai diminuindo e a região vai ficando mais maleável. Em alguns casos, no entanto, pode acontecer um processo de cicatrização irregular com formação de fibrose subcutânea persistente, com nódulos, depressões, assimetrias e retrações da pele.
Fibrose tem tratamento, independentemente do tempo. No entanto, quanto antes ela for tratada, mais fácil será o processo. Os tratamentos usados pela fisioterapia podem envolver aparelhos como laser e ultrassom, além de técnicas de liberação cicatrial manual e miofasciais. Tecnologias como a radiofrequência e o ultrassom melhoram a mobilidade do tecido da cicatriz, diminuindo ondulações. Esses dois procedimentos promovem mais circulação sanguínea e linfática, por isso, importante realizar uma boa avalição no paciente e saber os motivos que levaram a fazer a cirurgia se foi decorrente de uma enfermidade, trauma ou estética, em cada caso a conduta pode variar, tais procedimentos podem ser bom para uma situação, porém arriscado para outras.
Outro bom mecanismo para soltar a fibrose é a liberação miofascial manual, instrumental e “crochetagem”, um gancho que simula o formato do dedo e pode atingir áreas mais profundas, quebrando a fibrose de forma mais eficaz. Todos os procedimentos devem ser orientados por um profissional responsável.
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