RECURSOS HUMANOS

Fit Cultural: por que uma empresa deve se preocupar com esse fator?

O alinhamento entre funcionário e companhia é necessário para uma parceria de sucesso.

JULIANA DEL ROSSO
Publicado em 20/10/2021, às 18h35 - Atualizado em 21/10/2021, às 09h35

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fit-cultural - Shutterstock
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cultura organizacional de uma empresa é um dos fatores que está ligado ao seu desenvolvimento e solidificação no mercado, e não por acaso. 

Companhias bem estruturadas, com funcionários que estão de acordo com os seus valores e cuidado diário para que tudo se mantenha saudável, direto e organizado, tendem a ser recomendadas, ter um índice adequado de turnover e, em geral, atrair mais investimentos.

Quando a cultura organizacional não é suficientemente forte, o que acontece, como se pode imaginar, é exatamente o oposto: taxas altas de absenteísmo e turnover, afastamento de potenciais lideranças, baixo engajamento por parte dos funcionários… E a lista vai.

Neste artigo, falaremos um pouco sobre o Fit Cultural e a sua relevância nos procedimentos de recrutamento e seleção e no caminhar diários dos trabalhadores. Confira!

Fit cultural: o que é?

Também chamado de "ajuste", trata-se do alinhamento de um trabalhador com os valores da empresa da qual ele deseja fazer parte. Nesse ajuste, entra não apenas uma identificação com a missão, mas a existência de soft skills e comportamento que dialoguem com aquilo que a companhia deseja e exige.

Quando um local de trabalho dialoga com aspectos interiores de uma pessoa, existe uma chance maior de que ela se sinta motivada, engajada e disposta a realizar as suas funções com excelência. Se o oposto acontece, a tendência é que a motivação do funcionário despenque, assim como a sua produtividade.

Quando há fit cultural, saem ganhando a contratante e o contratado: tudo o que é feito a partir dessa junção ganha notoriedade e tem potencial para transformar a imagem da empresa perante o mercado, além de alavancar a imagem do profissional como um especialista em sua área.

Convém dizer que, quando estamos próximos de pessoas que "vestem a camisa" da empresa, também somos afetados por isso. 

Então, a tendência é que tenhamos cada vez mais funcionários motivados e dispostos a crescer, mas não só. Surge, a partir dessa solidificação de valores, uma cultura que transcende o momento presente: as próximas contratações, nos anos que virão, deverão seguir a mesma lógica, cada vez mais aprimorada.

Benefícios do fit cultural

Ter bem definidos os valores e missão da empresa, assim como o comportamento e a personalidade esperado dos funcionários, é essencial para conseguir avaliar quem deve seguir nos processos de recrutamento e seleção.

Quando sabemos o que desejamos, entendemos também aquilo que não pode acontecer. As avaliações, então, são mais diretas e focam tanto nos pontos fortes quanto naquilo que pode ser melhorado em um possível funcionário.

Experiências prévias de trabalho, cartas de recomendação de terceiros, hard e soft skills, formas de falar e conduzir uma conversa - coisas que podem ser avaliadas em uma boa entrevista, seja ela presencial ou pela web - e afins podem dar dicas se o candidato a funcionário é um ajuste de sucesso.

Outras vantagens incluem:

Aumento da produtividade geral

Nada melhor para turbinar a produtividade e o bem-estar de um funcionário do que se sentir parte de alguma coisa que dialoga com as suas percepções de mundo - e que lhe dá a certeza de que está "fazendo a coisa certa".

Pessoas que são "a cara" de uma empresa tendem a trabalhar com mais afinco e respeito, uma vez que entendem que a sua profissão e funções têm razões de existir no mundo e que, por isso, é preciso produzir com responsabilidade e qualidade.

Com o passar do tempo, esse time de funcionários engajados e dispostos a criar se torna o DNA da empresa, que passa a contratar apenas quem está em sintonia com ele. O resultado, claro, é bastante positivo.

Melhora no diálogo cotidiano

Quando as equipes estão alinhadas e os funcionários têm formas análogas de comunicação, há a diminuição da possibilidade de rusgas no diálogo. Fora isso, há um cuidado maior com o outro, que é visto sempre como um igual, o que colabora para a criação de um ambiente organizacional cuidadoso.

A busca pela comunicação não-violenta, aliás, deve ser um dos pilares de qualquer empresa que deseja crescer com empatia e respeito ao próximo. 

Estamos em um tempo onde é inaceitável que se haja de forma desrespeitosa e abusiva no ambiente de trabalho, e é preciso que todos estejam "na mesma página" quando este é o assunto.

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