“A antifragilidade consiste em uma característica pela qual as adversidades não são superadas pela reação, mas pela aceitação. Nesse caso, aceitar não significa permanecer resignado perante um problema, mas entender o contexto em torno de um imprevisto e aprender com isso. Seria mais ou menos o que se faz no boxe, quando um pugilista assimila o golpe do adversário, tomando-o como u
Cris Aragoni
Publicado em 04/03/2021, às 17h03 - Atualizado às 17h15
Quer se atualizar em treinamento motivacional?
Vai encontrar a referência da palavra Antifrágil em destaque, em quase todas as publicações, hoje virou quase um mantra quando falamos em competência e treinamento motivacional.
E a resiliência como fica? Para mim, continua muito importante, manter-se forte, economizando energia enquanto o furacão passa, é obrigação para sobreviver, mas estamos falando de um pensamento que propõe reverter os obstáculos ao seu favor, que propõe usar a força do furacão para ir mais rápido, esse é o pensamento Antifrágil.
Conceito criado pelo escritor Nassim Nicholas Taleb, professor de riscos da politécnica de Nova York, tido como um dos maiores especialistas do mercado financeiro do mundo, a ideia é que, enquanto todos estão apostando em prevenção de riscos e antecipação de crises, o Antifrágil entende que existe imprevistos absolutamente inesperados, aceita e aprende rapidamente, tem uma estrutura flexível e se molda aos novos tempos, um verdadeiro Hakuna Matata.
A pandemia serviu para escancarar este conceito, onde não importa o que fazemos, não importa a certeza da ciência que descobrimos não ser tão ciência assim, não importa as empresas gigantes sólidas, que descobrimos, não serem tão sólidas assim, não importa as previsões de videntes, que descobrimos não serem tão videntes assim, e por fim, não importa os especialistas, que afinal, não foram tão especialistas assim.
No final, o que se viu, foi companhias de todo porte quebrando, enquanto outras, do mesmo porte se arrumando rapidamente.
Como explicar as diferenças?
Na verdade o que houve é que somos a quarta geração de um mundo pós segunda guerra, que pensava que estava tudo bem e não tinha nenhuma pandemia do fim do mundo no radar. No meio do caos, as personalidades flexíveis apareceram como a grande competência a serbuscada, é o caso da barata, sobreviveu ao asteroide enquanto os gigantes dinossauros combaliram. Este mundo novo, pós pandemia, vai aparecendo, um mundo melhor, mais tecnológico, rápido, leve, sem donos da verdade onde a única certeza: “sei que nada sei”.
Soluções criativas e compartilhadas surgiram, onde ficou evidente, o resiliente e forte aguenta o tranco, o Antifrágil é mutante e evolui.
E no mundo real, nas empresas, como aplicar o conceito?
Eu pessoalmente vivo a experiência de trabalhar em uma empresa Antifrágil no DNA, mesmo desconhecendo o conceito já vivíamos este modelo empresarial, fomos pioneiros no nosso segmento ao virarmos a chave para on line, entre outros protocolos adotados, mas temos na literatura algumas recomendações de como aplicar a ideia.
Mergulhar na análise transparente das próprias fraquezas, entenda os riscos menores e não deixe de agir por medo destes.
- Feedback transparente e honesto ajuda criar time Antifrágil.
- Não se tranque em casa com medo dos problemas, quando você sair, se não tiver enfrentado, o problema ainda estará lá.
- Leia, conhecimento nunca é demais, saber não ocupa espaço e dá munição para tomada de posição e mudança de rumo. Mesmo porque, nesta crise extrema, a única certeza é que ninguém sabe de nada, e desta forma, você deve ter uma gordura de conhecimento para tomar suas próprias decisões baseados no feeling, no conhecimento, e na história humana.
Eu particularmente, recomendo a leitura de história, sim aquela de sala de aula, principalmente a história das pandemias e de como Napoleão perdeu a guerra, existe vasto material a ser estudado, vale para compreender melhor o momento e serve de vacina contra a ignorância do acaso.
Cris Aragoni
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