7 de Setembro

A Força que forçou o estableshiment negociar

O apoio em massa da população que não pode ser escondido.

Cris Aragoni
Publicado em 13/09/2021, às 15h08 - Atualizado às 15h16

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Multidão em frente ao Congresso Nacional - Reprodução / Internet
Multidão em frente ao Congresso Nacional - Reprodução / Internet

Como observadora da política, e presente nas ruas desde, as diretas já, posso dizer que 7 de Setembro foi impressionante!

O movimento de uma massa verde amarela gigantesca, diferente de outras, o espírito estava diferente, senti um cheiro de mágoa no ar, senti uma população indignada e realmente incendiada disposta a mostrar o acirramento e a coragem para contestação.

Uma população esgotada, ultrajada e vilipendiada pelo duplo padrão das Instituições Jurídicas associadas à velha Imprensa profissional.

O truque gaslighting não engana mais ninguém, e aquelas pessoas, estavam lá para dizer isso.

A realidade mostrada pela mídia, se mostrando totalmente diferente do que se vê com os próprios olhos, foi o estopim que motivou aquele mar de POVO vestido de verde e amarelo nas ruas.

A imprensa, que insiste em não ver gente nas ruas, foi confrontada pelo gigantismo do protesto, mesmo após a sua tentativa de sabotagem.

 A velha imprensa profissional, que por semanas seguidas, tentou esvaziar o movimento espalhando Fake News, que seriam atos violentos com pessoas armadas, foi confrontada pelos fatos, pessoas, milhões de pessoas, pacificamente nas ruas, e mesmo contestando os fatos, resolveu dobrar a aposto, e colocou um carimbo nestes milhões de brasileiros, de antidemocráticos.

Isso não funcionou, e não vai funcionar, a população entendeu que o nome do jogo é CONTROLE.

A população vê, movimentos organizados saqueando lojas, quebrando janelas, incendiando carros, queimando prédios públicos, receberem : Selo de Qualidade (Democráticos)

A população vê, traficantes serem soltos, organizadores de sequestros e assaltos violentos, serem soltos, e ao mesmo tempo, a população vê, pessoas sendo presas por crime de opinião.

O duplo padrão é vergonhoso e desmascara quaisquer narrativas, não há como fugir da luz do sol.

Daí, o establishment, que tem como objetivo, sua própria sobrevivência, resolve negociar, e a nação brasileira recebeu com alívio, a carta do Presidente.

Momentos históricos devem ser resolvidos com sensatez e desprendimento, temos prioridades e uma conflagração levaria o país ao abismo.

Todos perderiam, agora vamos ver os próximos passos das demais instituições.

Para Bolsonaro, muda uma coisa fundamental: o impeachment, única forma indiscutivelmente legal de tirá-lo da Presidência, ficou muito mais difícil do que já era. É a velha história: rua cheia, impeachment vazio. Já era muito difícil, antes do 7 de Setembro, reunir no Congresso os votos necessários para aprovar o impeachment; agora, com centenas de milhares de pessoas manifestando seu apoio a Bolsonaro em praça pública, ficou mais difícil ainda” (J.R.Guzzo- Revista Oeste) 

A DEMOCRACIA CONTRA A DEMOCRACIA .

O povo esteve na rua, sem dúvida — e a queda de popularidade de Bolsonaro, que vem sendo anunciada com tanta esperança pelos institutos de pesquisa, foi desmentida em seu primeiro teste diante da realidade.

As calamidades imaginárias propagadas pela mídia foram confrontadas pelos fatos, ao vivo. Carrinhos de bebes, famílias, vovós, vovôs, gente ordeira e pacifica apoiando o presidente, aos milhões.

Agora, o Establishment, e os donos do poder, que querem uma democracia de gabinete, e viram seus interesses monstruosos comprometidos, pela eleição de alguém fora da bolha, de alguém, fora dos grandes grupos econômicos, vão ter que recuar.

Por ora, sabem que não será fácil, não admitem a reeleição de Jair Bolsonaro, estes vão tentar melar no tapetão dos tribunais.

Aguardemos...

O certo, é que este conflito contamina a economia e a retomada pós pandemia, eleições serão em 2022, uma antecipação da disputa não fará bem ao país.

Juízo autoridades, juízo.

Cris Aragoni

Observadora política, colunista Portal Costa Norte

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