Transição capilar: entenda o básico para se livrar das químicas

A discussão sobre transição capilar vem sendo popularizada no Brasil nos últimos anos. A partir de debates promovidos especialmente pelo movimento negro no país, cresceu a troca de ideias sobre os benefícios deste processo e como realizá-lo.

A transição dos fios rigidamente alisados para cabelos naturais, crespos ou encaracolados, costuma ser mais comum. A mudança não implica somente em voltar à textura natural do cabelo, mas também adotar uma rotina de cuidados para mantê-lo saudável.

Nesse contexto, cresce a busca por que ajudem na transição capilar. Por isso, confira algumas dicas e cuidados sobre essa mudança antes de iniciar o processo.

Essa prática pode facilitar o processo de transição capilar. Muitas vezes, quem opta por isso começa com o big chop — corte que retira de uma vez a parte alisada dos fios.

Geralmente, o big chop costuma deixar o cabelo bem curto, pois, o corte fica com o comprimento de antes do alisamento. Esse processo pode ser mais delicado para quem está acostumado a usar cabelos longos.

Além de facilitar a transição, essa prática tem a função estética de não permanecer com fios de texturas e comprimentos diferentes na cabeça ao mesmo tempo.

Garantir uma boa hidratação antes, durante e depois da transição capilar é essencial para ter uma boa saúde capilar, além de manter os fios sedosos e brilhantes. Uma boa hidratação requer compreender as necessidades de cada tipo de textura. 

Cabelos alisados enfrentam diferentes problemas, como a dificuldade para absorver  nutrientes, já que a fibra é selada pela química. Outra questão é o ressecamento, pois, a oleosidade natural do couro cabeludo pode se espalhar pelo comprimento do cabelo no processo de alisamento.

Esses dois fatores exigem uma boa e recorrente hidratação de todo o couro capilar, para manter o brilho e a maciez do cabelo. Máscaras de hidratação são indicadas para auxiliar no processo, especialmente aquelas compostas por óleo de argan — oriundo de uma árvore marroquina, com propriedades antioxidantes e capaz de renovar o cabelo contra os danos provocados por vento, calor e química.

A transição capilar envolve o risco de quebrar os fios ao penteá-los, já que a mudança entre a parte lisa e natural é a região de maior vulnerabilidade do cabelo. Para quem tem cachos, vale usar um pente com dentes largos para diminuir o atrito. 

Para evitar danificá-lo, é importante pentear o cabelo com cuidado, especialmente quando os fios estão molhados e mais sujeitos à quebra. Comece penteado as pontas e vá subindo aos poucos para evitar que os nós se acumulem, realizando movimentos lentos.

Durante a transição capilar ou uma vez concluído o processo, há quem busque ferramentas como babyliss e secador para manter ou ressaltar o cacheado. Contudo, é preciso cuidado, pois altas temperaturas tendem a ressecar os cabelos, o que pode prejudicar o couro cabeludo.

Usar tais ferramentas durante a transição faz os cachos perderem a forma e a definição, principalmente, quando você começar a usar o cabelo inteiramente natural. Se precisar usar o calor por alguma razão, aplique um protetor térmico primeiro, como sprays.

Até que o cabelo cacheado cresça de novo totalmente, as pontas dos fios demoram para readquirir a antiga textura. Por isso, tentar texturizar a parte alisada do fio pode ser necessário para criar um visual mais uniforme.

Para deixar ondas mais abertas no cabelo, umedeça-o, dividindo-o em várias mechas, até formar pequenos coques, e seque cada um deles com secador. Para finalizar, garantindo a hidratação e a maleabilidade dos fios, passe um spray fixador. Espere o cabelo esfriar totalmente antes de soltá-lo. 

Para cachos menores e mais definidos, vale usar kits de bobs e rolinhos, permitindo que você enrole cada mecha ao redor deles, de preferência, ainda úmida, para melhor fixação. Divida o cabelo em mechas e enrole todas elas com bob. Para ter melhor definição, deixe-os enrolados por mais tempo.