EWG

Selo EWG: saiba se seu cosmético é seguro

O crescimento do mercado de cosméticos motivou a criação de certificados que asseguram a segurança de cada produto. Confira mais informações antes de escolher o seu!

Henrique
Publicado em 24/05/2021, às 10h29 - Atualizado às 10h41

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Nos últimos anos, o mercado de cosméticos demonstrou grandes avanços tecnológicos e incorporou novos compostos, técnicas e procedimentos. Alguns exemplos são produtos de gênero neutro, cosméticos comestíveis, ácidos para a pele, skincare, entre outros.

De acordo com um relatório publicado em 2019 pelo provedor de pesquisa de mercado Euromonitor International, o Brasil é o quarto maior mercado de beleza e cuidados pessoais do planeta, ficando atrás somente dos EUA, China e Japão. Na categoria de fragrâncias, os brasileiros estão em segundo lugar.

Em um mercado tão inovador e competitivo, cresce a cobrança por cosméticos seguros, que atestam que o produto teve seus ingredientes testados do ponto de vista físico e químico, qual é a relação estrutura-atividade, a toxicidade, a avaliação de riscos e margem de segurança. Nesse contexto, cresce a busca por certificações como o EWG.

O levantamento do Euromonitor International também aponta que o mercado mundial de cosméticos deverá ser guiado por três principais tendências nos próximos anos: engajamento digital, posicionamentos éticos e atributos orgânicos e naturais.

O que é EWG?

O Environmental Working Group (EWG) é uma organização internacional sem fins lucrativos que divulga informações com o intuito de proteger a saúde humana e o meio ambiente.

Essa organização mantém um banco de dados mundial sobre matérias-primas utilizadas na produção de cosméticos e produtos de limpeza. A ideia é impedir que as pessoas se exponham a produtos químicos que podem ser maléficos para a sua saúde.

Regulação

Esse selo foi criado nos Estados Unidos, e um exemplo de produtos que não atendem aos critérios do selo EWG são os filtros solares e cremes faciais, já que ambos costumam possuir retinol em suas fórmulas.

Segundo um estudo da National Toxicology Program (NTP) — programa administrado pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos para coordenar, avaliar e relatar a toxicologia em órgãos públicos —, o palmitato de retinol pode aumentar a taxa de crescimento do câncer de pele.

O efeito carcinogênico dessa substância é explicado porque ela gera radicais livres quando na presença da radiação solar, devido aos raios UVA e UVB. É a partir desse contato que esses radicais comprometem a estrutura do DNA e podem originar um câncer.

No Brasil, a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), informa que a vitamina A em forma de retinol deve ser utilizada nas preparações cosméticas com uma concentração máxima de 10 mil UI (3 mil microgramas) por cada grama do produto final.

Pontuação

O selo EWG é organizado a partir de um sistema de pontuação de risco de ingrediente que varia de 1 a 10. Essa escala busca medir os riscos conhecidos e suspeitos de ingredientes utilizados na fabricação de cosméticos.

Além disso, a pontuação de risco também se refere ao número de estudos publicados na literatura científica e o número incluído no banco de dados que a organização mantém.

A ideia por trás desse selo é incentivar a criação de uma cultura de maior vigilância sobre a produção de cosméticos, que precisam de uma rotulagem quanto a indústria alimentícia.

Para certificar uma marca, a EWG analisa a composição de ingredientes, os estudos disponíveis sobre eles, os dados governamentais sobre a toxicidade química e o próprio banco de dados que eles organizam. Além disso, as empresas também devem comprovar que preservam os produtos sem substâncias químicas.

Por se tratar de produtos muito usados em escala global e que entram em contato diretamente com o nosso corpo (muitas vezes em áreas sensíveis, como aquelas próximas aos olhos e à boca), é preciso haver mais estudos sobre os possíveis efeitos dos ingredientes desses produtos em relação à saúde humana.

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