Saiba quais países têm adotado criptomoedas e o que têm feito para isso

Países emergentes se destacam no crescimento das criptomoedas pelo mundo

Mateus
Publicado em 28/11/2022, às 09h45 - Atualizado às 10h05

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O mercado cripto está crescendo bastante ao redor do mundo. Segundo a corretora Crypto.com, o número de pessoas que investem em criptomoedas deve alcançar a marca de 1 bilhão até o final deste ano. 

Com esse crescimento, muitos países estão tratando de regulamentar criptomoedas para organizar esse mercado. Inclusive, já existem países que utilizam o Bitcoin como moeda oficial. Se você quer negociar Bitcoin, é preciso entender como os países estão aderindo ao universo cripto. 

Países que adotaram o Bitcoin como moeda oficial 

O primeiro país a adotar o bitcoin como moeda oficial foi El Salvador, um pequeno país na América Central com pouco mais de 6 milhões de habitantes. Um dos principais entusiastas da adoção da criptomoeda foi o presidente do país, Nayib Bukele. 

O Bitcoin passou a ser considerado a moeda oficial do país em setembro de 2021. Desde então, o país vem sendo obrigado a lidar com a oscilação da criptomoeda no mercado. Para Bukele, as pessoas precisam ter paciência, e ele afirma que o investimento em Bitcoins é seguro. 

A oscilação do Bitcoin fez com que o FMI (Fundo Monetário Internacional) pedisse para a El Salvador retirar o status do Bitcoin como moeda oficial do país a fim de proteger os cidadãos. Mesmo assim, o país continua mantendo o Bitcoin como principal moeda oficial, junto ao Dólar americano. 

Outro país que adotou recentemente o Bitcoin como moeda oficial foi a República Centro-Africana. Localizado na África Central, tem cerca de 6 milhões de habitantes. O projeto de lei que regulamentou o Bitcoin e outras criptomoedas no país foi aprovado por unanimidade no Parlamento Centro-Africano. Com a aprovação, o Bitcoin será considerado moeda oficial do país junto ao Franco CFA regional, moeda oficial de países da África Central. 

Embora seja rica em diamante, ouro e outros minerais, na República Centro-Africana mais de 70% da população vivem em extrema pobreza. Por isso, a mudança é considerada positiva para abrir novas oportunidades para a nação. 

Adesão a criptomoedas é maior nos países emergentes 

Um relatório da Chainalysis, plataforma de dados de blockchain, aponta que países emergentes e subdesenvolvidos têm surpreendido pela maior adesão às criptomoedas na comparação com os países mais ricos. 

Especialistas ressaltam: a fragilidade econômica desses países torna as criptomoedas muito mais atrativas do que em países desenvolvidos. As criptomoedas se tornam uma alternativa para proteger patrimônios contra a instabilidade econômica. 

O crescimento das criptomoedas em países emergentes também tem sido pauta governamental. Há discussões sobre a regulamentação desse mercado em diversos países. 

No Panamá, por exemplo, já há um projeto de lei que coloca em discussão a regulamentação de criptomoedas e blockchain no país. A intenção do projeto é atrair investimentos com foco no digital, capazes de ampliar as oportunidades de emprego e baratear os serviços financeiros panamenhos. 

No Chile, também há uma discussão bastante ativa pela regulamentação das criptomoedas como meio de pagamento no país. O projeto de lei apresentado lá prevê a regulamentação pelo livre mercado, com a oferta de preços de bens de consumo também em Bitcoin no país. 

Na Ucrânia, um projeto de lei foi aprovado pelo Parlamento em setembro de 2021, mas foi rejeitado pelo presidente Volodymyr Zelensky. Ele pediu mudanças no projeto para a aprovação. Parlamentares argumentam que a regulamentação de criptomoedas abre espaço para atrair investimentos para o país. 

O país que lidera a adesão a criptomoedas, segundo o estudo da Chainalysis, é o Vietnã. Um relatório da plataforma Statista mostrou que 21% dos vietnamitas já possuíam criptomoedas em 2021. 

Ainda segundo o relatório da Chainalysis, dos 20 países com maior adesão a criptomoedas, 18 são emergentes. Além de Vietnã, países como Filipinas, Ucrânia, Tailândia, Paquistão e Brasil, que ocupa o 7° lugar no ranking, estão entre os principais destaques na adesão a criptomoedas.

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