Ciência

Projeto ‘Meninas Cientistas’ busca aumentar visibilidade de jovens pesquisadoras

A ação incentiva meninas do país todo a se dedicarem à pesquisa enquanto estudam, trazendo visibilidade para seus trabalhos

Henrique Gear SEO
Publicado em 26/05/2020, às 10h38 - Atualizado em 23/08/2020, às 23h08

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Reprodução/Internet
Reprodução/Internet

O caminho para realizar um sonho muitas vezes é complicado e difícil de percorrer, mas, quando você recebe ajuda para chegar lá, tudo fica mais fácil. Uma viagem, seja ela feita por meio de uma companhia aérea ou de transportes terrestres, como a , muitas vezes muda o futuro de várias pessoas. 

Foi o que ocorreu quando a jovem Juliana Estradioto, de apenas 19 anos, decidiu ir do município de Rosário, no Rio Grande do Sul, para São Paulo, apresentar o seu projeto científico. A ação teria impacto não só na sua vida, mas nas de várias meninas também. 

Plástico biodegradável feito a partir de restos de frutas

Tudo começou com a ideia de Juliana, que se concentrava em desenvolver plásticos biodegradáveis a partir dos restos de frutas. A partir de sua vinda para São Paulo, ela criou diversos outros projetos, viajou para Suécia para participar da entrega do prêmio Nobel e entrou na universidade. 

Segundo a jovem, sua educação a incentivou muito a pesquisar e realizar esses projetos, que acabaram se tornando sua paixão. Juliana considera seu ensino um dos pilares importantes para ela ter chegado onde chegou, inclusive, sendo a única brasileira a ter um asteroide com seu nome. 

Após ganhar o prêmio Jovem Cientista de 2018, a menina percebeu que havia muitas pessoas que não sabiam que garotas realizavam pesquisas enquanto estavam na escola, e isso a incomodou. Foi, então, que o projeto “Meninas Cientistas” surgiu.

A rede de incentivo tem como foco dar visibilidade para que as pesquisas realizadas por meninas sejam reconhecidas. Juliana acredita que tudo teria sido diferente se ela não fosse uma garota e que já deixou de estudar informática por ouvir que isso “não é coisa de menina”. 

Por isso, conscientizar as jovens do seu poder e capacidade no mundo da Ciência virou um objetivo da rede, que segue mudando o futuro de várias garotas que precisam desse incentivo para irem atrás dos seus sonhos. 

Juliana também afirma que é de extrema importância que as meninas se inspirem não só em nomes conhecidos e famosos, mas, também, em suas mães, professoras e mulheres que as rodeiam. Assim, elas conseguem criar uma rede de apoio que irá ajudá-las na hora de conquistar seus objetivos. 

Quando o projeto começou, era focado em buscar uma função para a casca do maracujá, já que ela era descartada após o consumo do alimento. Assim, a jovem encontrou um novo meio de produzir plásticos biodegradáveis e diminuir o impacto de resíduos no meio ambiente. 

Com isso, a casca da macadâmia também virou fonte para produzir esse tipo de material. Juliana não conhecia muito a macadâmia em si, mas logo estudou o alimento e sua casca, que também era descartada, e descobriu uma maneira de usá-la em conjunto com micro-organismos para criar uma membrana parecida com plástico. 

Impacto no futuro de muitas jovens

Por meio de suas pesquisas e projetos, Juliana não só percorreu um caminho que nunca tinha imaginado para si mesma, como, também, inspirou e ajudou diversas outras jovens do país todo que buscavam um exemplo para seguir. 

A brasileira que estudou em escola pública alcançou conquistas inimagináveis, mostrando a todos que com as pessoas certas do seu lado, pilares de educação presentes na sua vida e uma rede de suporte incrível, as meninas podem sonhar em serem o que quiserem, inclusive, pesquisadoras e o futuro da Ciência. 

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