DICAS

Práticas sustentáveis para conservação do solo

Várias técnicas ajudam a repor os nutrientes do solo, renovando seu uso e favorecendo o meio ambiente.

Mateus
Publicado em 09/12/2021, às 10h58 - Atualizado em 10/12/2021, às 10h46

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Em um momento em que a discussão sobre a importância da proteção ao meio ambiente ganha cada vez mais força, é importante que medidas sejam adotadas por pessoas de todos os setores. Um deles é o de agricultura e pecuária, que tem o poder de desempenhar um papel fundamental na preservação do solo e, consequentemente, de todo o ecossistema da região em torno do plantio.

Incluir um sistema de fertirrigação é uma das formas de alcançar esse objetivo, mas os agricultores podem explorar uma série de outras técnicas. Além de conservar o solo e preservar o meio ambiente local, a adoção dessas práticas permite que o agricultor se torne mais competitivo, reduza seus gastos, tenha melhor produtividade, promova o aumento da diversidade nas lavouras e fique dentro das normas ambientais.

Por isso, abaixo, conheça estratégias que tornarão o solo do seu plantio mais seguro, saudável e produtivo.

Adubação

A adubação é uma técnica que inclui plantas especialmente cultivadas, vegetação forrageira ou restos de ervas daninhas ao solo, repondo a matéria orgânica dele. Com isso, é possível aumentar a infiltração e a retenção da água no solo, o que melhora tanto sua conservação quanto a fertilidade da superfície.

Se possível, o uso das plantas forrageiras é o mais indicado para esse processo. Elas realizam a fixação de nitrogênio no solo e também se transformam em leguminosas para os animais. Para tornar o solo ainda melhor, também é possível recorrer à adubação orgânica, química e calagem, que irão repor os nutrientes retirados pelas últimas plantações.

Rotação de culturas

Essa é uma técnica antiga, mas que ainda é eficiente na conservação do solo. Trata-se da alternância entre o que é plantado em determinada região, algo que evita o desgaste nutricional do solo. Isso previne que aconteça o desequilíbrio biológico e químico do solo, preservando seu bom estado por mais tempo.

Para isso, o plantio pode alternar entre soja em uma safra e, na seguinte, milho, por exemplo. Essa estratégia foi deixada de lado devido a questões econômicas e políticas agrícolas, mas ainda é fundamental para manter o solo saudável por mais tempo.

Plantio direto

Outra forma de conservar o solo por mais tempo é a chamada plantio direto. Essa técnica acontece quando o cultivo é feito sob os restos vegetais do último cultivo, o que evita o revolvimento do solo. Aplicando-a, é possível reduzir os efeitos erosivos, com a camada do cultivo anterior, atuando como um escudo contra os efeitos das ações da água e do vento.

O plantio direto é fundamental para evitar o desgaste e a perda do solo por meio da chuva, um dos fatores que causam a erosão. A proteção do solo também é útil, pois a gota de chuva pode compactar o solo de tal forma que, ao longo do tempo, ele perde sua capacidade de permitir a infiltração da água, o que o torna menos propício para futuros plantios.

Manejo de pastos

Outra estratégia que pode proteger o solo contra a erosão, quando feita corretamente, é o manejo de pastos. O uso de um sistema de pastoreio rotativo, utilizando piquetes, pode alcançar esse objetivo, além de fazer adubações e ressemeaduras periódicas.

Atualmente, muitos produtores optam por essa integração entre lavoura e pecuária, unindo a pecuária e a produção de grãos em uma mesma área, o que reduz os custos. Mas essa técnica exige cuidado e conhecimento: o mau manuseio pode causar um problema grave do ponto de vista conservacionista, prejudicando o equilíbrio do ecossistema local.

Integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF)

A exemplo do que foi citado acima, a ILPF é uma possibilidade de rotação de cultura, mas feita de forma mais complexa e ampla. Aqui, o agricultor alterna entre o plantio da lavoura, da pastagem para a pecuária, e também combina essas duas culturas com o plantio de árvores, como espécies nativas ou o eucalipto.

Como são três formas distintas de plantio que atuam diferentemente na conservação do solo, isso minimiza os impactos negativos. Além disso, proporciona uma série de vantagens, como melhor infiltração da água da chuva, maior retenção de água no solo, conforto térmico para o animal, produção de forragem nas entressafras, ciclagem de nutrientes e recuperação de pastagens degradadas.

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