Economia

Os artigos que mais foram vendidos pela internet durante a pandemia

O isolamento social provocou o aumento nas vendas de e-commerce em diferentes setores. Confira as prioridades dos brasileiros ao fazer compras

Henrique Gear SEO
Publicado em 29/06/2020, às 08h35 - Atualizado em 23/08/2020, às 23h51

FacebookTwitterWhatsApp
Reprodução/Internet
Reprodução/Internet

As medidas de isolamento social colocaram a maior parte das pessoas por tempo indeterminado. O comércio não essencial foi fechado e há, até mesmo, quem faça compras de mercado on-line, para evitar aglomerações e contato com outras pessoas.

A nova situação impactou a vida dos brasileiros, que estão sendo obrigados a se adaptarem. Uma das maneiras de fazer isso é por meio dos e-commerces, que facilitam a compra de diferentes itens, sem que o usuário tenha necessidade de sair de casa.

Desde o início da pandemia, algumas atitudes chamaram a atenção, como a alta nas vendas de papel higiênico. Algumas pessoas estocaram itens essenciais, pois ainda não se sabia exatamente como iria funcionar o isolamento e por quanto tempo duraria.

Depois dessas altas pontuais, o mercado tenta analisar o novo perfil do consumidor. Algumas pesquisas mostraram quais itens estão sendo mais solicitados e quais setores estão sofrendo os maiores impactos. Veja uma seleção dos produtos que estão fazendo sucesso na cesta de compras do brasileiro.

Produtos de saúde

Segundo a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), a compra de produtos do setor de saúde tiveram um aumento de 111%. O álcool em gel, por exemplo, foi um item com aumento de vendas de 5.000%.

Em seguida, os inaladores aparecem na lista, com alta de 900%. Depois, termômetros, com 843%, seguido de soro fisiológico, marcando 316%. Outros produtos, como luvas cirúrgicas, itens de higiene íntima e sabonetes, aparecem na lista.

Produtos de supermercado

Apesar dos supermercados estarem abertos, muitos estão optando por fazer as compras sem sair de casa, utilizando aplicativos, por exemplo. O setor apresentou alta de 80%, segundo a ABComm.

O relatório da associação mostra um acréscimo de 283% na compra de hambúrgueres. Petiscos e empanados tiveram um aumento de 173%. Os produtos em conserva e enlatados também possuem destaque, com 166% de alta.

Snacks estão fazendo sucesso

A Criteo, empresa de tecnologia, fez uma pesquisa analisando diversos setores que atuam no comércio eletrônico. Os dados são referentes aos dias após o decreto oficial de quarentena em São Paulo, em 24 de março.

Entre os resultados do Brasil, os snacks merecem destaque. O termo se refere a produtos como salgadinhos, biscoitos, chocolates e outros que podem ser consumidos rapidamente como sobremesa ou lanche da tarde. A alta foi de 722% na segunda semana de abril.

Mercado de eletrônicos

O mercado de eletrônicos está em constante expansão e isso não mudou com a pandemia, inclusive, se intensificou. A pesquisa feita pela Criteo enfatiza os jogos eletrônicos, com alta de 315%. 

Muitas pessoas sentiram a necessidade de adaptar o ambiente caseiro para que fosse possível trabalhar. Isso fica evidente na alta da compra de roteadores e repetidores, de 193%. A venda de laptops também teve aumento de 169%.

Seguimento fitness

Com o isolamento social por tempo indeterminado, muitas pessoas passaram a se preocupar com a saúde física. Afinal, ir para a academia ou praticar esportes em grupo não seria mais possível. Como consequência, o setor também viu as vendas crescerem em diferentes itens.

Os smartwatches, relógios inteligentes, ou pulseiras que atuam de maneira semelhante tiveram alta de 513%. Produtos que facilitam a prática de ioga e pilates contabilizaram aumento de 387%, segundo a Criteo.

A consultoria FGK analisou dados computando o comportamento dos compradores durante um mês de quarentena. Segundo a pesquisa, a venda de equipamentos de ginástica aumentou 500%.

Comportamento do consumidor pode mudar

Durante a pandemia, o empreendedor precisa estar atento, pois, o cenário pode mudar rapidamente. O produto que está vendendo bem hoje, pode não apresentar o mesmo resultado na semana seguinte. 

No início da crise, foi possível perceber um aumento nas vendas de itens de necessidade. Depois, as pessoas passaram a se preparar para uma quarentena longa, comprando produtos que ajudariam na adaptação de uma nova vida em casa.

Com o futuro econômico incerto, o consumidor pode olhar com cuidado para suas próximas aquisições, evitando gastar mais que o necessário. Enquanto isso, setores como o de moda estão sendo impactados desde o início e precisam pensar como se readaptar ao período.

Comentários

Receba o melhor do nosso conteúdo em seu e-mail

Cadastre-se, é grátis!