SAÚDE

Hábitos simples ajudam a prevenir a escoliose em jovens

O número de jovens com problemas na coluna vem aumentando

Henrique
Publicado em 26/08/2021, às 11h30 - Atualizado às 12h17

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Joyce McCown/Unsplash
Joyce McCown/Unsplash

Cerca de seis milhões de brasileiros sofrem de escoliose, um desvio da coluna vertebral capaz de causar dores e afetar o alinhamento e o equilíbrio do corpo, segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Uma das principais preocupações com relação ao problema é a incidência, cada vez maior, entre pacientes adolescentes, sem causa aparente.

A escoliose caracteriza-se pela curvatura anormal da coluna, provocando um aspecto de “C” ou “S”. Pode ser causada por doenças neuromusculares, alterações no tecido conjuntivo, má formação (congênita) e a idade avançada.

No entanto, a maioria dos diagnósticos entre os pacientes mais jovens é a chamada escoliose idiopática, que não é causada por nenhuma doença prévia ou fator hereditário, sendo decorrente, muitas vezes, de problemas de postura.

Sintomas

Quase sempre, a escoliose ocorre de forma silenciosa nos adolescentes, mas com o passar do tempo, se não for tratada, pode desencadear dores nas costas e em outras áreas do corpo, além de problemas de autoestima.

Por isso, a orientação das autoridades de saúde é estar atento aos sinais dados pelo corpo. Se o adolescente apresenta diferença na altura entre os ombros ou entre as costelas, há proeminência no quadril, a cabeça não está alinhada com a pelve e/ou há inclinação do corpo, é importante buscar orientação médica.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é feito com atendimento clínico, exames de imagem - como o raio-X, a tomografia computadorizada de coluna ou a ressonância magnética - e a avaliação postural. A partir da análise detalhada das condições apresentadas pelo paciente, é possível determinar o tratamento que será realizado.

No caso de curvaturas menos acentuados, pode-se optar pela realização de acompanhamento médico e fisioterápico. Para curvaturas mais acentuadas podem ser indicados o uso de coletes ou procedimento cirúrgico.

Como evitar o problema

A escoliose idiopática em jovens tem forte relação com a má postura. Com as pessoas passando mais tempo em casa, por conta do isolamento social para conter a disseminação da Covid-19, a orientação da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) é redobrar a atenção e alguns cuidados.

A incorporação de alguns hábitos no dia a dia pode ajudar a evitar o problema. Um deles é manter a postura adequada quando usar o computador. Para isso, a SBOT recomenda usar cadeiras com encosto, firmar os pés no chão e manter os pulsos apoiados.

A SBOT orienta, ainda, uma pausa para levantar-se a cada uma hora de uso do computador. A realização de alongamentos neste intervalo pode ajudar na correção da postura.

Outro ponto de atenção é evitar atividades em que há concentração de esforço em um lado do corpo como, por exemplo, caminhar com bolsas pesadas ou usar apenas um dos braços para carregar livros.

A prática regular de atividade física também ajuda a evitar problemas de coluna, uma vez que fortalece a musculatura, combate à obesidade e contribui para a postura adequada.

Por fim, é válido lembrar que muitos jovens e adolescentes costumam passar várias horas do dia usando celulares e tablets. Este uso também requer atenção com relação à postura. É necessário evitar se manter na mesma posição por muito tempo e assegurar intervalos longe dos aparelhos.

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