Gostou de ‘Parasita’? Conheça outros 3 filmes indispensáveis do diretor Bong Joon Ho

Ao ganhar quatro prêmios na cerimônia — Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Roteiro Original — Parasita foi considerado o grande destaque do Oscar de 2020, uma obra na lista de qualquer cinéfilo.

Pela primeira vez na história, um filme que foi gravado em uma língua não inglesa levou os principais prêmios do Oscar, além da Palma de Ouro no festival francês de Cannes. O fato tornou o diretor sul-coreano Bong Joon Ho conhecido em todo o mundo, embora ele já fosse referência em sua terra natal.

Parasita é um longa-metragem que conta a história de duas famílias, uma muito rica e outra muito pobre, que se cruzam em determinado momento. As interações entre elas mostram as diferenças sociais, desde habitação até saneamento e urbanismo, que afligem a sociedade sul-coreana, hoje, combinando ternura, humor e sangue. 

Para quem gostou desse filme e quer conhecer mais da filmografia de Bong Joon Ho, indicamos outras três produções do diretor que trazem histórias igualmente marcantes, de ficção científica até drama e comédia dramática.

Produzido em 2009, o quarto filme de Bong Joon Ho conta a história de uma idosa viúva que cuida sozinha de seu único filho, Do-joon. O jovem apresenta problemas mentais e tem 28 anos de idade.

Um dia, Do-joon é acusado de cometer o assassinato de uma adolescente, sem compreender a gravidade da acusação que enfrenta. É, então, que sua mãe investiga sozinha a identidade do verdadeiro assassino, a fim de provar a inocência de seu filho.

Em um momento histórico, em que fica cada vez mais difícil negar os impactos do aquecimento global, o filme Expresso do Amanhã mostra como pode ser o futuro próximo da humanidade na Terra.

Produzido em 2013, o longa-metragem marca a estreia do diretor em produções feitas em língua inglesa. Essa ficção científica mostra que o planeta começa a viver uma nova era do gelo após a falha de um experimento científico elaborado para impedir o aquecimento global. 

Os únicos sobreviventes da espécie humana vivem em uma máquina chamada Snowpiercer. Nesta máquina, as leis que existiam antes da nova era do gelo se reproduzem de forma ainda mais desigual às vésperas do que pode ser o fim do mundo. 

Todos vivem em vagões separados de acordo com sua classe social. Os mais pobres vivem em condições precárias, enquanto os mais abastados continuam se comportando como reis. Um dia, um dos integrantes da hierarquia mais miserável decide mudar esse sistema de funcionamento e busca descobrir os segredos da máquina onde todos vivem.

Em seu filme de estreia, produzido em 2000, Bong Joon Ho já demonstrava sensibilidade ao apresentar acontecimentos sombrios que podem ocorrer com pessoas socialmente consideradas “comuns”.

Nessa espécie de comédia dramática, Yun-ju é um professor universitário desempregado há meses, sendo sustentado pelo trabalho de sua esposa grávida. Nesse contexto, ele começa a se irritar com o barulho feito pelos cachorros dos vizinhos no bairro onde ele mora e decide desaparecer com os cães.

Uma mulher, que sonha em se tornar famosa um dia, começa a investigar o caso. O filme retrata a história de idosos solitários que vivem à própria sorte em Seul, a capital sul-coreana, aliada à desigualdade social. 

Além disso, o longa-metragem relembra a possível crueldade que se encontra em cada pessoa e que, muitas vezes, precisa de um simples, porém, delicado gatilho, para transbordar.