A domesticação tardia fez com que esses animais fossem independentes por mais tempo, principalmente quando comparado aos cães.
Mateus
Publicado em 31/08/2021, às 16h11 - Atualizado às 16h49
Apesar de fazer parte do convívio humano há um bom tempo, existe uma espécie animal que, ainda hoje, é muito discriminada: os gatos. Seja por falta de conhecimento ou mesmo por preconceitos arraigados, esses felinos domésticos nem sempre são vistos como amigos leais, principalmente se comparados aos cães.
Ao mesmo tempo, os donos de gatos devem revirar os olhos para quem ousar dizer que tais pets são traiçoeiros e interesseiros. A verdade é que o maior problema em relação aos bichanos é a falta de entendimento sobre seu comportamento e cuidados necessários, que vão da aquisição de produtos para gatos ou mesmo carinho e atenção na hora certa.
Hoje, você vai conhecer um pouco mais sobre o comportamento deste felino doméstico e entender quais sinais ele está te dando de acordo com suas reações e movimentos. Porque, sim, gatos também são animais sociáveis e podemos provar.
Antes de falar dos sinais emitidos pelos gatos para demonstrar como eles estão se sentindo — relaxados, atentos, irritados, felizes, etc. —, é preciso dizer que tais animais tiveram uma domesticação muito mais tardia quando comparada à dos cães (vistos, muitas vezes, como o melhor amigo do homem).
Os primeiros gatos a serem domesticados surgiram há cerca de 10 mil anos, em regiões do Oriente Médio. Mas, ao contrário do cachorro, esse tipo de bicho não dependia necessariamente da presença humana para obter seu alimento. Instintivamente, os gatos caçavam e armazenavam sua própria comida.
Por outro lado, os cães têm um relacionamento muito anterior com o ser humano: há cerca de 500 mil anos já existem indícios dessa relação. Além de ser um dos primeiros animais domésticos, o cão era usado na caça de outros bichos e tal alimento era “dividido”, gerando uma relação de dependência e certa reciprocidade.
Desse modo, é possível entender que existem fatores importantes que fazem com que os gatos tenham um comportamento muito mais independente que os cães — algo que tem a ver tanto com seu próprio instinto de caça quanto com a forma como eles foram domesticados e com o tempo desse processo.
Além disso, existe um aspecto fundamental que diferencia o olhar de cães e gatos em relação aos humanos. Estes primeiros desenvolveram uma musculatura na região das sobrancelhas que os torna mais expressivos e com aquele famoso “olhar pidão”, coisa que os gatos não têm.
Agora que você já entendeu um pouco mais sobre o processo evolutivo, vale a pena conhecer quais são os sinais que o seu bichano dá para dizer que está “curtindo” a sua companhia e que é, sim, o seu melhor amigo.
Sim, para os gatos esses são sinais claros de afeto para com seus donos. As lambidas, inclusive, podem ser uma demonstração de cuidado, já que essa é a forma como eles fazem sua higiene.
Ao se esfregar nas nossas pernas, os gatos liberam feromônios que ajudam a “marcar seu território”, mas não é só isso. Trata-se, ao mesmo tempo, de um sinal de afiliação, já que o bichano transfere seu cheiro para a sua pele e vice-versa. Isso significa que ele te considera um verdadeiro aliado.
Há quem fique horrorizado ao ver tal cena: um gato trazendo na boca um rato, um passarinho ou até mesmo uma barata e te entregando. Apesar de desagradável para nós, esse ato simboliza um verdadeiro sinal de afeto, pois, na verdade, ele está compartilhando sua caça. Uma espécie de presente de grego, mas cheio de amor.
Outro sinal claro de afeto vindo de um gato é o famoso ronronar. Aquele som que mais parece um motorzinho é emitido por esses felinos, principalmente, quando eles se sentem felizes e relaxados.
Se dormir é um momento de relaxamento e maior vulnerabilidade do bichano, quando ele faz isso perto de você significa claramente que ele gosta de estar ao seu lado e te dá total confiança.
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